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Torcida faz enterro e não poupa nem Edmundo
DA REPORTAGEM LOCAL
Indignada com a terceira derrota seguida do Palmeiras no Parque Antarctica -as outras foram
para o Rio Branco e o Cerro Porteño-, a torcida ontem não poupou nenhum jogador dos xingamentos. Nem mesmo Edmundo,
xodó palmeirense, cuja substituição na última quinta-feira fizera
os torcedores hostilizarem Leão.
Depois que a Ponte Preta colocou 2 a 0 no placar, ainda no primeiro tempo, um coro de "Não é
mole não, 11 veados jogando no
Verdão" foi puxado por integrantes de torcidas organizadas.
Sem ter Lúcio, que era o principal alvo das hostilidades e pediu
para deixar o clube por causa disso, os torcedores elegeram um jogador contratado na última leva
-no início deste ano- para malhar. Paulo Baier foi o escolhido.
O jogador, que chegou ao clube
com status de estrela, depois de
três boas temporadas seguidas no
Criciúma e no Goiás, já não era
enxergado pelos torcedores como
a solução da lateral (ou ala) direita
palmeirense. A cada toque na bola, gritos de protestos eram soltos
nas arquibancadas -Baier deixou o jogo, substituído no segundo tempo, vaiado pelo estádio.
Protestos também contra a diretoria, sobretudo ao diretor de futebol Salvador Hugo Palaia e ao
gerente Ilton José da Costa.
No segundo tempo, apesar da
recuperação do time, a Mancha
Alviverde comandou um enterro
simbólico do Palmeiras. A dez
minutos do fim do jogo, a organizada inverteu sua faixa e a carregou até a saída da arquibancada,
ao som de um toque fúnebre de
tambores, e se posicionou em
frente aos vestiários do estádio.
Edmundo, um dos poucos atletas que se dispuseram a falar depois da derrota, disse ser justo o
protesto da torcida, mas somente
após o jogo, quando o resultado
desfavorável estiver consumado.
"Eu faço um apelo para que [durante a partida, os torcedores]
apóiem para não chegarmos ao
fundo do poço. Jogar aqui no Parque Antarctica é muito bom, mas
tem sido difícil para alguns. Confesso que tem atrapalhado um
pouco."
(PGA)
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