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Clube elege hoje seu novo presidente
DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC
De um lado, a situação promete
reforços. Do outro, a oposição faz
barulho com contratos que considera prejudiciais ao São Paulo.
Nesse clima, Juvenal Juvêncio,
vice de futebol, e o opositor Marcelo Martines disputam a presidência do clube, hoje.
Ambos lutam por um mandato
de dois anos e crêem que a vitória
de ontem não muda o cenário da
votação, marcada para as 19h, no
ginásio do Morumbi. Só os 230
conselheiros escolhem o sucessor
de Marcelo Portugal Gouvêa.
Na véspera do pleito, a situação
falava em reforçar a equipe. "O
Juvenal me disse que já tem dois
jogadores de expressão, gente do
futebol internacional, encaminhados para o caso de vencer",
afirmou Gouvêa, sem citar nomes
dos possíveis contratados.
A principal propaganda de Juvêncio, porém, é a conquista do
tri da Libertadores e mundial.
Por conta dos títulos, a oposição
não ataca a gestão de Juvêncio no
futebol. Durante a campanha, alguns opositores falaram em convidá-lo para seguir no cargo, em
caso de vitória de Martines.
O grupo que tenta assumir o poder chegou às vésperas do pleito
enviando cartas aos conselheiros.
Nelas atacam os contratos com
a Alpha Vision, para instalação de
um telão no Morumbi, e o primeiro assinado com o Habib's, firma
para a qual agora trabalha Cristiane Juvêncio, filha de Juvenal. Nos
dois, o clube não obteve lucro.
"São assuntos já encerrados, explicados várias vezes no Conselho. Se querem falar do passado,
existem contratos a serem esclarecidos do tempo em que estavam
no poder, mas não quero perder
tempo com isso", disse Gouvêa.
Juvêncio, que foi o principal articulador das duas campanhas vitoriosas de Gouvêa, já sentiu o
gosto de presidir o clube. Esteve
no comando entre 1988 e 1990.
No cargo, viu a equipe naufragar no Campeonato Paulista de
1990, sendo obrigada a disputar
uma Série B no ano seguinte com
equipes pequenas. Avançou e no
mesmo ano sagrou-se campeã na
elite, já sem Juvêncio.
A situação fala numa vitória hoje por cerca de 20 votos de diferença. "Acho que vale uma aposta, não acredito que esteja tudo resolvido", afirmou Martines.
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