|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Surpresas e drama
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Virou um drama a final da
Superliga. O Rio de Janeiro
tem a melhor campanha e luta
para não repetir a história da última temporada, quando, na hora da decisão, perdeu o título. O
Osasco quer mostrar que pode ser
novamente campeão, mesmo
com dificuldades de colocar a bola no chão nos contra-ataques.
Depois do primeiro jogo, com
vitória por 3 sets a 2 do Rio, o
enredo parecia definido: o time
do técnico Bernardinho era o
grande favorito para vencer as
duas partidas seguintes em casa e
comemorar o título. Mas o Osasco
quebrou essa lógica e venceu o segundo confronto por 3 sets a 2.
Esse resultado pode ter sido decisivo já que deu confiança ao
Osasco e fez renascer o velho fantasma no Rio: será que a história
da última Superliga vai se repetir?
O certo é que mesmo que perca o
terceiro confronto, na quarta-feira, em Niterói, o Osasco vai disputar a quarta partida em casa.
Nos dois jogos, a comissão técnica do Osasco reservou surpresinhas para o adversário.
No primeiro, a entrada da levantadora Fabiana Berto e da
ponteira Soninha bagunçaram a
marcação do Rio. No segundo, foi
a vez da juvenil Mariana, que
pouco ficava entre as 12 do time,
fazer a diferença.
Fica a pergunta: será que o técnico Paulo Cocco tem mais alguma carta na manga? O certo é que
o Osasco tem um bloqueio poderoso, principalmente com Carol
Gattaz, uma bela defesa e um
grande problema: Mari, Monique
e Bia estão com dificuldades para
colocar a bola no chão.
Aliás, Mari protagonizou um
lance que remete até a uma questão. Por que os levantadores do
Brasil têm a mania de, quando o
atacante erra uma bola, na jogada seguinte insistir em levantar
para o mesmo atleta?
Chega a ser irritante esse hábito, que se tornou popular com o
levantador Maurício.
No terceiro set, Carol levantou
para Mari. Ela errou. No lance seguinte, outra para Mari. Novo erro. Na seqüência, a levantadora
colocou mais uma bola para Mari. Foi o terceiro erro. Depois disso, Mari foi substituída e vaiada
pela torcida. Quando voltou, demorou a se acertar no ataque.
Soninha já ganhou o lugar de
Monique. No último jogo, Mariana acertou a recepção ficando na
posição de Mari. E Mari foi deslocada para a saída de rede, no lugar de Bia. Já o Rio tem um time
mais equilibrado, que, mesmo
perdendo, errou menos do que o
Osasco na última partida: 33 erros contra 29.
Na hora da decisão, no quinto
set, o Rio abriu vantagem de 11 a
7, mas a história mudou a partir
daí. O time parou no bloqueio do
Osasco e perdeu de virada: 20 a
18. Para piorar, o técnico Bernardinho, ao se desesperar com o erro
de uma atleta, caiu na quadra e
rompeu o tendão-de-aquiles.
Bernardinho foi operado anteontem e vai dirigir o time de
muletas na quarta-feira. Mais
drama para essa decisão.
No masculino, as partidas da final estão mais calmas e sem favoritos. O Minas venceu fácil o primeiro jogo. No segundo, o Florianópolis, com Sidão perfeito no
bloqueio, ganhou por 3 a 0.
Italiano 1
A russa Lioubov Kilic está provocando estragos nos times das brasileiras no Campeonato Italiano. Primeiro, o Jelic, equipe de Kilic, eliminou o Perugia, de Fofão e Walewska, nas quartas-de-final. Anteontem, venceu o Pesaro, da oposta Sheilla, por 3 sets a 2 no primeiro jogo da série melhor de cinco das semifinais. Kilic fez 38 pontos.
Na outra semifinal, o Bergamo derrotou o Novara por 3 sets a 0.
Italiano 2
O Macerata, de Rodrigão, assegurou vaga na semifinal ao vencer o
Perugia por 3 a 0. Já o Cuneo, de Giba e Anderson, bateu o Piacenza,
do líbero Escadinha, por 3 a 1 e empatou a série. O mesmo ocorreu
com o Trentino, de André Nascimento e André Heller, que superou o
Modena, de Ricardinho, por 3 a 2. A rodada decisiva será na quarta.
E-mail cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: Clube elege hoje seu novo presidente Próximo Texto: Panorâmica - Olimpíada: Abertura de Pequim terá o dedo de Steven Spielberg Índice
|