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Argentino salva a pele de Leão e classifica o Santos
Gol de Trípodi no final garante triunfo sobre o Cúcuta e sobrevida na Libertadores
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Molina e o goleiro Castellanos, do Cúcuta, chocam-se no lance em que o santista quebrou o nariz, mas que não o tirou do jogo na Vila
Santos 2
Cúcuta 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Um lance de sorte (um chute
certeiro), e o argentino Mariano Trípodi salvou o Santos contra o Cúcuta -e a Vila Belmiro
de 25 noites de marasmo. Justo
um argentino, nacionalidade
contra a qual o técnico Emerson Leão tem tantas restrições.
Caso fosse eliminado precocemente da Libertadores e do
Paulista, o Santos só teria um
compromisso oficial no dia 11
de maio, contra o Flamengo, na
primeira rodada do Brasileiro.
Graças ao futebol solidário
de Kléber Pereira, o gol surgiu
aos 44min. O atacante recuperou a bola na zaga, levou pelo
meio-campo, tabelou e cruzou.
A bola bateu no travessão e acabou voltando à feição de Trípodi, que, num sem-pulo, virou o
jogo de um Santos que já tinha
técnico e jogador a menos.
Diante do já classificado Cúcuta, o Santos teve torcida, teve
domínio, mas quase não teve
cabeça para conquistar os três
pontos que lhe dariam o segundo lugar no Grupo 6.
Uma falta belíssimamente
bem cobrada por Henry, aos
22min, deixou o placar da Vila
Belmiro em 1 a 0 para o Cúcuta.
Foi um castigo em termos
para o Santos. Apesar de um
maior volume de jogo e de chegar com a bola dominada à
frente da área do time colombiano com relativa tranqüilidade. Mas a defesa rubro-negra,
bem postada, conseguia evitar
penetrações em sua área.
"Pressionamos o time deles o
tempo todo, eles tiveram uma
falta e fizeram o gol. Se nós continuarmos levantando bola na
área, vamos consagrar zagueiro", disse Leão, no intervalo do
jogo, quando tirou Tabata e pôs
Trípodi em campo. O técnico
também declarou que queria
mais jogadas individuais para
superar a defesa do Cúcuta.
No segundo tempo, o Santos
entrou visivelmente com um
senso de urgência, mas sem
tranqüilidade. E o time do Cúcuta apresentava bastante solidez ontem na Vila Belmiro.
Aos 24min, porém, o time escutou as orientações (e as preces) que Leão recitou no intervalo. Kléber fez uma bela jogada pela esquerda e rolou a bola
dentro da área para Kléber Pereira. O até agora artilheiro do
Paulista girou e chutou forte e
alto contra Castellanos.
Três minutos depois, porém,
Domingos derrubou Henry.
Quando dois jogadores do Santos tentaram erguê-lo para evitar a cera, Henry deu um tapa
em Marcinho Guerreiro.
O lance gerou protestos de
Leão, que foi pedir explicações
ao auxiliar e teve que ser contido pelos jogadores santistas.
Com isso, o juiz Jorge Larrionda expulsou Domingos e
Henry, além do próprio técnico -justamente na hora em
que o time mais precisava de
tranqüilidade.
O jogo ficou melhor para o
Cúcuta, que teve a chance de
matar o ímpeto santista. Urbano, que entrou no lugar de Vargas, avançou pela esquerda, escapou de Betão e chutou. A bola espalmada por Fábio Costa
sobrou para James Castro que,
com o gol aberto, mas acossado
por vários santistas, não conseguiu fazer o segundo gol colombiano.
Mas, aos 44min, o pesadelo
acabou. O Santos agora espera
a definição do adversário, que
acontecerá na próxima semana
ao fim de São Paulo x Nacional.
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