São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Argentino salva a pele de Leão e classifica o Santos

Gol de Trípodi no final garante triunfo sobre o Cúcuta e sobrevida na Libertadores

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Molina e o goleiro Castellanos, do Cúcuta, chocam-se no lance em que o santista quebrou o nariz, mas que não o tirou do jogo na Vila

Santos 2
Cúcuta 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Um lance de sorte (um chute certeiro), e o argentino Mariano Trípodi salvou o Santos contra o Cúcuta -e a Vila Belmiro de 25 noites de marasmo. Justo um argentino, nacionalidade contra a qual o técnico Emerson Leão tem tantas restrições.
Caso fosse eliminado precocemente da Libertadores e do Paulista, o Santos só teria um compromisso oficial no dia 11 de maio, contra o Flamengo, na primeira rodada do Brasileiro.
Graças ao futebol solidário de Kléber Pereira, o gol surgiu aos 44min. O atacante recuperou a bola na zaga, levou pelo meio-campo, tabelou e cruzou. A bola bateu no travessão e acabou voltando à feição de Trípodi, que, num sem-pulo, virou o jogo de um Santos que já tinha técnico e jogador a menos.
Diante do já classificado Cúcuta, o Santos teve torcida, teve domínio, mas quase não teve cabeça para conquistar os três pontos que lhe dariam o segundo lugar no Grupo 6.
Uma falta belíssimamente bem cobrada por Henry, aos 22min, deixou o placar da Vila Belmiro em 1 a 0 para o Cúcuta.
Foi um castigo em termos para o Santos. Apesar de um maior volume de jogo e de chegar com a bola dominada à frente da área do time colombiano com relativa tranqüilidade. Mas a defesa rubro-negra, bem postada, conseguia evitar penetrações em sua área.
"Pressionamos o time deles o tempo todo, eles tiveram uma falta e fizeram o gol. Se nós continuarmos levantando bola na área, vamos consagrar zagueiro", disse Leão, no intervalo do jogo, quando tirou Tabata e pôs Trípodi em campo. O técnico também declarou que queria mais jogadas individuais para superar a defesa do Cúcuta.
No segundo tempo, o Santos entrou visivelmente com um senso de urgência, mas sem tranqüilidade. E o time do Cúcuta apresentava bastante solidez ontem na Vila Belmiro.
Aos 24min, porém, o time escutou as orientações (e as preces) que Leão recitou no intervalo. Kléber fez uma bela jogada pela esquerda e rolou a bola dentro da área para Kléber Pereira. O até agora artilheiro do Paulista girou e chutou forte e alto contra Castellanos.
Três minutos depois, porém, Domingos derrubou Henry. Quando dois jogadores do Santos tentaram erguê-lo para evitar a cera, Henry deu um tapa em Marcinho Guerreiro.
O lance gerou protestos de Leão, que foi pedir explicações ao auxiliar e teve que ser contido pelos jogadores santistas. Com isso, o juiz Jorge Larrionda expulsou Domingos e Henry, além do próprio técnico -justamente na hora em que o time mais precisava de tranqüilidade.
O jogo ficou melhor para o Cúcuta, que teve a chance de matar o ímpeto santista. Urbano, que entrou no lugar de Vargas, avançou pela esquerda, escapou de Betão e chutou. A bola espalmada por Fábio Costa sobrou para James Castro que, com o gol aberto, mas acossado por vários santistas, não conseguiu fazer o segundo gol colombiano.
Mas, aos 44min, o pesadelo acabou. O Santos agora espera a definição do adversário, que acontecerá na próxima semana ao fim de São Paulo x Nacional.


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