São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Bate-boca de "escritório" acirra o último clássico

Gerente do Palmeiras e superintendente do São Paulo trocam farpas e esquentam jogo

Suposição de que será demitido faz palmeirense classificar declarações de desprezíveis e afirmar que não se sente ameaçado

DA REPORTAGEM LOCAL

Já se foram os dias em que os jogadores eram os que punham lenha na fogueira dos clássicos.
Cada vez mais orientados a não ironizar adversários, para evitar doping motivacional ou coisa que o valha, os atletas abriram espaço para que Toninho Cecílio, gerente do Palmeiras, e Marco Aurélio Cunha, superintendente do São Paulo, assumissem as cornetas do "Juízo Semifinal" do mata-mata do Paulista-2008.
Em resposta às acusações de que coloca pressão sobre os árbitros, feitas por Toninho, Marco Aurélio respondeu temendo pela continuidade do adversário no cargo palmeirense.
"Será que essa exposição é boa? Será que esse comando que lhe deram é proveitoso? Cuidado, você será substituído muito rápido", disse o são-paulino ontem, à rádio Jovem Pan.
Marco Aurélio acrescentou que Toninho, com quem tem relação amistosa -"Já viajamos juntos"-, equivocou-se ao lhe imputar pressão sobre a escalação de Paulo César de Oliveira antes do jogo de ida das semifinais, vencido pelo São Paulo por 2 a 1 no Morumbi.
"Desafio qualquer um a pegar declarações minhas sobre o Paulo César. Não apareci nas entrevistas, não viajei ao Chile para o jogo da Libertadores nem me pronunciei, até porque estava próximo da eleição do São Paulo em que me elegi conselheiro do clube", afirmou.
Magoado, Toninho achou desprezíveis tais declarações.
"Sei que ele tem filhos e não vou responder na mesma moeda, pois essa foi uma coisa muito pequena da parte dele. O que o Marco Aurélio disse não é uma atitude digna de um diretor de um clube como o São Paulo. Fiquei decepcionado com esses ataques pessoais e não pretendo respondê-los."
É verdade, no entanto, que a influência de Toninho Cecílio diminuiu no Palmeiras desde a chegada de Luxemburgo, que pretendia trazer Luiz Henrique de Menezes -com quem trabalhou no Santos por dois anos.
Com a ida do treinador ao Palmeiras, e a chegada de Emerson Leão à Vila, Menezes perdeu espaço no clube.
O vice Gilberto Cipullo bancou Toninho no clube. Hoje em dia, porém, ele tem atribuições também no futebol amador, o que não acontecia na época de Caio Jr, nos últimos dois anos.
"Eu me sinto seguro em relação ao emprego. Estava empregado antes de vir ao Palmeiras [no Guaratinguetá]. Mas sei que um dia vou sair." (MÁRVIO DOS ANJOS E TONI ASSIS)

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