São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Goiás assombra o Corinthians

Como em 2007, quando lutou para ficar na Série A, time supera paulistas, agora na Copa do Brasil

Goiás 3
Corinthians 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da eliminação no Paulista, o Corinthians sofreu novo baque. Justamente em Goiânia. Justamente contra o Goiás. Justamente contra Paulo Baier, personagens centrais da queda do time alvinegro para a Série B no ano passado.
Dos pés de Baier, que disputou com os corintianos a sobrevivência na elite em 2007 e se salvou, saíram dois dos três gols que deixam sua equipe próxima das quartas-de-final da Copa do Brasil e, de novo, empurram o adversário para uma nova temporada de crise.
O jogo de volta, no Morumbi, será no dia 30. Para avançar, os corintianos precisam bater os goianos por 2 a 0 ou por ao menos três gols de diferença.
Enquanto o Goiás teve em Paulo Baier seu protagonista, Bóvio foi decisivo, de maneira negativa, para a derrota corintiana. Contribuiu para os dois primeiros gols do adversário.
A limitação técnica das duas equipes se acentuou com a forte chuva que atingiu a capital goiana durante a partida. O gramado encharcado do Serra Dourada dificultou a troca de passes e aumentou o contato físico entre os jogadores.
O Corinthians foi a campo no esquema 4-4-2, com Nilton, em alguns momentos, fazendo o papel de terceiro zagueiro.
Mano ainda escalou outros dois volantes, Bóvio e Fabinho, deixando claro que a prioridade era não perder em Goiás. O empate satisfazia o time paulista.
Mesmo assim, os corintianos não ficaram postados defensivamente. Logo tomaram o controle da partida, apesar de não ameaçarem muito o rival.
Ofensivamente, quem organizou o alvinegro foi Diogo Rincón, que também fazia o papel de um terceiro atacante, para auxiliar Herrera e Dentinho.
A outra opção, a subida do lateral André Santos, foi bem neutralizada. Restou o apoio de Carlos Alberto pela direita. No entanto ele não demonstrou qualidade nos cruzamentos.
O Corinthians, com pouco mais de 20 minutos de partida, perdeu seu principal goleador na temporada, Dentinho, que sentiu uma lesão na coxa direita. Foi substituído por Acosta.
A essa altura, o time de Mano já não tinha mais o comando da partida, e o Goiás passou a assustar, principalmente com as jogadas de Paulo Baier.
E foi ele, com uma tremenda sorte, quem abriu o placar. Em uma falta de longa distância, um chute ruim que passaria longe do gol, encontrou o corpo de Bóvio no meio do caminho, enganou o goleiro Felipe e foi direto para as redes.
Não demorou muito, e Paulo Baier, de novo, decidiu. Bóvio falhou no meio, perdeu a bola, o Goiás contragolpeou rápido e, Baier, da entrada da área, tocou rasteiro no canto esquerdo de Felipe para ampliar.
A desvantagem, e principalmente o mau futebol, fez Mano Menezes tirar o ineficiente Bóvio e pôr Lulinha em campo.
O Corinthians se lançou ao ataque, mesmo de forma desordenada. E descontou após cobrança de falta de Chicão, rebote de Harlei, e gol de ombro de Diogo Rincón, aos 10min.
A reação corintiana parou nos pés de Evandro, que, após fazer fila na zaga rival, marcou o terceiro do Goiás.
A última cartada corintiana foi a entrada de Finazzi na vaga de Herrera. Sem um bom armador, porém, a bola não chegava aos atacantes alvinegros. Na base dos chutões e do desespero, os alvinegros tentavam o segundo gol. Para piorar, uma forte névoa atrapalhava a visão dos atletas. No último suspiro corintiano, Finazzi teve a chance de diminuir, mas jogou fora. Terá duas semanas para tentar colocar o pé na forma.


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