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Goiás assombra o Corinthians
Como em 2007, quando lutou para ficar na Série A, time supera paulistas, agora na Copa do Brasil
Goiás 3
Corinthians 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da eliminação no
Paulista, o Corinthians sofreu
novo baque. Justamente em
Goiânia. Justamente contra o
Goiás. Justamente contra Paulo Baier, personagens centrais
da queda do time alvinegro para a Série B no ano passado.
Dos pés de Baier, que disputou com os corintianos a sobrevivência na elite em 2007 e se
salvou, saíram dois dos três gols
que deixam sua equipe próxima das quartas-de-final da Copa do Brasil e, de novo, empurram o adversário para uma nova temporada de crise.
O jogo de volta, no Morumbi,
será no dia 30. Para avançar, os
corintianos precisam bater os
goianos por 2 a 0 ou por ao menos três gols de diferença.
Enquanto o Goiás teve em
Paulo Baier seu protagonista,
Bóvio foi decisivo, de maneira
negativa, para a derrota corintiana. Contribuiu para os dois
primeiros gols do adversário.
A limitação técnica das duas
equipes se acentuou com a forte chuva que atingiu a capital
goiana durante a partida. O gramado encharcado do Serra
Dourada dificultou a troca de
passes e aumentou o contato físico entre os jogadores.
O Corinthians foi a campo no
esquema 4-4-2, com Nilton, em
alguns momentos, fazendo o
papel de terceiro zagueiro.
Mano ainda escalou outros
dois volantes, Bóvio e Fabinho,
deixando claro que a prioridade
era não perder em Goiás. O empate satisfazia o time paulista.
Mesmo assim, os corintianos
não ficaram postados defensivamente. Logo tomaram o controle da partida, apesar de não
ameaçarem muito o rival.
Ofensivamente, quem organizou o alvinegro foi Diogo Rincón, que também fazia o papel
de um terceiro atacante, para
auxiliar Herrera e Dentinho.
A outra opção, a subida do lateral André Santos, foi bem
neutralizada. Restou o apoio de
Carlos Alberto pela direita. No
entanto ele não demonstrou
qualidade nos cruzamentos.
O Corinthians, com pouco
mais de 20 minutos de partida,
perdeu seu principal goleador
na temporada, Dentinho, que
sentiu uma lesão na coxa direita. Foi substituído por Acosta.
A essa altura, o time de Mano
já não tinha mais o comando da
partida, e o Goiás passou a assustar, principalmente com as
jogadas de Paulo Baier.
E foi ele, com uma tremenda
sorte, quem abriu o placar. Em
uma falta de longa distância,
um chute ruim que passaria
longe do gol, encontrou o corpo
de Bóvio no meio do caminho,
enganou o goleiro Felipe e foi
direto para as redes.
Não demorou muito, e Paulo
Baier, de novo, decidiu. Bóvio
falhou no meio, perdeu a bola, o
Goiás contragolpeou rápido e,
Baier, da entrada da área, tocou
rasteiro no canto esquerdo de
Felipe para ampliar.
A desvantagem, e principalmente o mau futebol, fez Mano
Menezes tirar o ineficiente Bóvio e pôr Lulinha em campo.
O Corinthians se lançou ao
ataque, mesmo de forma desordenada. E descontou após cobrança de falta de Chicão, rebote de Harlei, e gol de ombro de
Diogo Rincón, aos 10min.
A reação corintiana parou
nos pés de Evandro, que, após
fazer fila na zaga rival, marcou
o terceiro do Goiás.
A última cartada corintiana
foi a entrada de Finazzi na vaga
de Herrera. Sem um bom armador, porém, a bola não chegava
aos atacantes alvinegros. Na
base dos chutões e do desespero, os alvinegros tentavam o segundo gol. Para piorar, uma
forte névoa atrapalhava a visão
dos atletas. No último suspiro
corintiano, Finazzi teve a chance de diminuir, mas jogou fora.
Terá duas semanas para tentar
colocar o pé na forma.
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