São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Com derrota, nasceu futebol de resultados

DOS ENVIADOS A BARCELONA

A seleção brasileira jogava com a vantagem do empate naquele fatídico 5 de julho de 1982 em Barcelona, no estádio Sarriá, e não "pelo empate", como se diz atualmente.
Hoje, à luz do pragmatismo de Parreira e Scolari, fica difícil entender como um time que podia chegar às semifinais com um simples 0 a 0 entrou em campo para ganhar e, de quebra, dar espetáculo.
Com a bola rolando, a equipe de Telê Santana se superou em dois momentos, pois largou em desvantagem no marcador.
O Brasil vinha de uma primeira fase impecável, em Sevilha. Na segunda fase, superou os eternos rivais argentinos (3 a 1), já em Barcelona.
Os italianos não vinham bem na Copa, mas surpreenderam ao marcar primeiro com Paolo Rossi, após uma falha de Toninho Cerezo. Sócrates empatou.
Rossi colocou a Itália novamente em vantagem.
Em um dos gols mais emocionantes do Brasil nas Copas, Falcão, de fora da área, já no segundo tempo, marcou: 2 a 2. A classificação e o título pareciam certos. Só faltou avisar Rossi, que, livre na área, fez o terceiro. Foi a deixa para que na história da seleção brasileira entrasse em campo o futebol de resultados. (FV, JAB E SR)


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