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Com derrota,
nasceu futebol
de resultados
DOS ENVIADOS A BARCELONA
A seleção brasileira jogava
com a vantagem do empate naquele fatídico 5 de julho de 1982
em Barcelona, no estádio Sarriá, e não "pelo empate", como
se diz atualmente.
Hoje, à luz do pragmatismo
de Parreira e Scolari, fica difícil
entender como um time que
podia chegar às semifinais com
um simples 0 a 0 entrou em
campo para ganhar e, de quebra, dar espetáculo.
Com a bola rolando, a equipe
de Telê Santana se superou em
dois momentos, pois largou
em desvantagem no marcador.
O Brasil vinha de uma primeira fase impecável, em Sevilha. Na segunda fase, superou
os eternos rivais argentinos (3 a
1), já em Barcelona.
Os italianos não vinham bem
na Copa, mas surpreenderam
ao marcar primeiro com Paolo
Rossi, após uma falha de Toninho Cerezo. Sócrates empatou.
Rossi colocou a Itália novamente em vantagem.
Em um dos gols mais emocionantes do Brasil nas Copas,
Falcão, de fora da área, já no segundo tempo, marcou: 2 a 2. A
classificação e o título pareciam
certos. Só faltou avisar Rossi,
que, livre na área, fez o terceiro.
Foi a deixa para que na história
da seleção brasileira entrasse
em campo o futebol de resultados.
(FV, JAB E SR)
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