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Trânsito já preocupa especialistas
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Tráfego saturado, longos engarrafamentos. Esta
é a avaliação dos principais engenheiros de transporte da cidade sobre o
trânsito no Rio no Pan.
Sem a prefeitura e o governo do Estado terem
conseguido expandir as
redes de transporte de
massa, a cidade receberá
cerca de 300 mil pessoas a
mais sem estar ""pronta"
para o evento. As competições serão disputadas nas
quatro zonas da cidade.
""Sem dúvida que [o Rio]
não [está pronto]. O sistema de transportes já apresenta sérias restrições para atender apenas à sua
população. Imagine incorporando a demanda adicional pelas viagens geradas pelos Jogos", disse o
professor Licínio da Silva
Portugal, que integra o
programa de engenharia
de transporte da Coppe
(Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de
Engenharia) da UFRJ.
""Não dá para dar fazer
uma análise porque tecnicamente pouca coisa foi
feita na cidade", disse a
professora Eva Vider, da
Escola Politécnica da
UFRJ. Já o professor Paulo César Martins Ribeiro,
da Coppe, preferiu classificar como uma ""grande
incógnita" o funcionamento do trânsito no Rio.
Apesar do cenário conturbado, a Prefeitura do
Rio apresentou ontem o
planejamento de trânsito.
Sem poder contar com novas linhas de metrô e trem,
a Secretaria de Transporte
anunciou a criação de faixas seletivas nas duas existentes. Elas funcionarão
como corredores exclusivos para credenciados.
O plano estimula torcedores a usar os transportes
públicos. Várias ruas serão
fechadas. ""Acredito que
nada vai se tornar pior do
que já é", declarou o secretário Arolde de Oliveira.
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