Presidente fala em suborno e perde o emprego na FA

DA REPORTAGEM LOCAL

David Maxim Triesman, 66, membro da Câmara dos Lordes inglesa, renunciou ontem ao posto de presidente da FA (sigla em inglês para Federação Inglesa de Futebol) e do comitê da candidatura inglesa para sediar a Copa do Mundo de 2018.
A decisão foi tomada após publicação de reportagem do jornal "Daily Mail", ontem, de conversas telefônicas privadas nas quais o dirigente faz acusações graves sobre a candidatura da Espanha a sediar a Copa do Mundo de 2018.
O grampo foi feito em diálogos entre Triesman e Melissa Jacobs, 37, com quem o dirigente trabalhara quando fora ministro na área de educação, três anos atrás. Ela garante que teve um caso com ele. Mas chegou ao final porque não se sentia "à vontade por namorar um homem casado".
Nos trechos divulgados, o ex-ministro afirmou que a Espanha havia pedido ajuda à Rússia para subornar árbitros na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Em troca, os espanhóis apoiariam os russos no processo seletivo para escolha da sede do Mundial de 2018.
Oito países apresentaram candidatura à Fifa na semana que passou. Espanha organizaria em conjunto com Portugal.
David Triesman, no cargo desde janeiro de 2008, teria tentando impedir a publicação da reportagem no "Daily Mail". Sem sucesso, divulgou nota renunciando aos cargos.
"Conversas privadas com alguém que considerei ser amigo foram gravadas sem meu conhecimento e publicadas em um grande jornal de circulação nacional", lamentou.
"Aqueles comentários jamais poderiam ser levados a sério porque são baseados em especulações sobre conspirações que circulam no mundo inteiro", acrescentou. "Eles não retratam a opinião da FA nem do comitê de candidatura para 2018", concluiu.
O campeão olímpico do atletismo Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, quer se reunir com a Fifa para tentar salvar a candidatura inglesa ao Mundial de 2018.


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