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OITAVAS/ HOJE
Técnico perdeu sempre em jogos eliminatórios
Scolari tem chance de vencer seu 1º 'mata'
DOS ENVIADOS A KOBE
Quando enfrentar a Bélgica hoje, em Kobe, Luiz Felipe Scolari levará a campo um tabu que o persegue em jogos eliminatórios.
Considerado "rei" em torneios
mata-matas, o técnico gaúcho de
53 anos tenta vencer pela primeira vez uma disputa em apenas 90
minutos -ou, no máximo, 120.
Scolari, que tem em seu currículo três Copas do Brasil (Criciúma,
em 91, Grêmio, em 94, e Palmeiras, em 98), duas Libertadores
(Grêmio, em 95, e Palmeiras, em
99) e duas Mercosul (Palmeiras,
em 98 e 99), sempre perdeu quando a decisão era só "mata".
Em 1995, em Tóquio, viu seu
Grêmio perder nos pênaltis para o
Ajax. Quatro anos depois, no
mesmo estádio Nacional e como
técnico do Palmeiras, voltou a ser
vice do Mundial interclubes ao
perder para o Manchester United.
Em seu primeiro grande desafio
pela seleção, a Copa América-2001, também fracassou. Na Colômbia, comandou o Brasil em
um dos maiores fiascos da história do futebol do país. Viu seus
pupilos serem batidos pela inexpressiva seleção de Honduras por
2 a 0 e foi eliminado.
Scolari tem dito não se preocupar com o fato. E prometeu ir com
o Brasil ao menos até a semifinal.
Desde 1991, quando levou o Criciúma ao seu primeiro título nacional, ele participou de 30 competições com mata-mata. Chegou
a 18 finais e foi campeão 11 vezes.
Mas o goleiro Marcos, que
acompanhou dois dos fracassos
de Scolari, disse que o bom retrospecto em jogos eliminatórios
pouco interfere. "A diferença entre uma decisão em dois jogos e
uma em 90 minutos é total. Numa
Copa, uma desatenção pode ser
fatal. Essa experiência em mata-mata não ajuda em muita coisa
em um Mundial", afirmou.
"Não é como na Libertadores,
em que havia possibilidade de recuperação. Perdeu está fora", diz
o ex-palmeirense Roque Júnior.
Para Scolari, é bom que nesta
partida a sorte no "mata" fique
pela primeira vez do seu lado. Caso contrário, sua previsão de que
estaria "morto" se não voltasse
com a taça poderá virar realidade.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)
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