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Obrigada a atacar, Holanda repete vitória apertada
Com 2º triunfo por vantagem mínima, time de Van Basten,
cujo contrato obriga seleção a ser ofenviva, vai às oitavas
Europeus abrem 2 a 0, mas perdem ímpeto e sofrem para segurar vitória contra a Costa do Marfim, que ainda teve pênalti não anotado
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART
A Holanda tem fama de jogar
bonito, Van Basten é reconhecido como um dos maiores atacantes de todos os tempos, seu
contrato com a federação holandesa obriga o time a ter
mentalidade ofensiva, mas a
equipe dirigida pelo ex-craque
virou expert em resultados magros e apertados.
Ontem, após abrir 2 a 0 rapidamente na Costa do Marfim,
penou para segurar o 2 a 1 final
e, no sufoco, conseguiu a vaga
para as oitavas-de-final.
Na estréia, apesar do bom futebol, o placar já tinha sido justo: 1 a 0 diante de Sérvia e Montenegro, equipe que acabou levando seis da Argentina ontem.
Os amistosos de preparação
neste ano não deixam dúvida
sobre as limitações do time de
Van Basten: 1 a 0 no Equador, 1
a 0 em Camarões e 2 a 1 no México -o time empatou ainda
em 1 a 1 com a Austrália. "Tivemos oponentes fortes e estamos felizes por ter vencido",
afirmou o técnico mais jovem,
41, e mais liberal da Copa.
Ontem, por um tempo, pareceu que a Holanda iria deslanchar. Após um pênalti não marcado contra si no início -Van
Bronckhorst segurou Eboue na
área-, os holandeses fizeram
dois gols em um intervalo de
quatro minutos. Primeiro, Van
Persie acertou uma bomba em
cobrança de falta. Depois, Van
Nistelrooy recebeu passe de
Robben e fuzilou o goleiro. Isso
com 27 minutos de jogo.
"Vencemos pelo nosso ótimo
início. Todo mundo viu como
os jogadores da Costa do Marfim crescem quando têm espaços. No segundo tempo, nós só
pudemos nos defender", disse
Van Basten, sem falar nos lances do final da primeira etapa.
Aos 33min, Zokora já tinha
carimbado o travessão holandês em chute de fora da área.
Cinco minutos depois, Bakary
Koné fez bela jogada individual
e chutou no ângulo direito.
A partida reunia dois times
bem semelhantes, que apostam
no jogo ofensivo e procuram
muito as pontas -a Costa do
Marfim começou no 4-4-2, mas
Henri Michel logo mudou para
o 4-3-3, esquema da Holanda.
"Às vezes, temos que fazer alterações dentro de uma partida
de forma rápida, ainda mais em
um Mundial", disse Henri Michel, técnico francês que dirige
a Costa do Marfim.
Drogba, principal jogador do
time africano, esteve apagado.
Fez apenas duas finalizações,
uma errada. Recebeu o segundo amarelo e não joga mais no
Mundial. "Os jogos contra Argentina e Holanda foram iguais
[a Costa do Marfim saiu perdendo de 2 a 0 em ambos, descontou, pressionou, mas acabou derrotada]. Fizemos o nosso melhor. Estou orgulhoso",
disse o atacante do Chelsea.
"Enfrentamos Argentina e
Holanda, e eles não tiveram facilidade", diz, também orgulhoso, o zagueiro Touré.
Robben brincou com o companheiro de clube e elogiou a
Costa do Marfim. ""O Drogba
agora poderá descansar, de férias, e voltar na próxima temporada. Sobre a Costa do Marfim, pensamos que o jogo seria
fácil quando estava 2 a 0, mas
eles nos colocaram em problemas", afirmou o ponta.
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