Com Baros e Koller fora, sensação européia pega Gana, que tenta sair do zero

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da vitória na estréia e de uma das atuações mais elogiadas da primeira rodada da Copa, a República Tcheca volta a campo hoje, contra Gana, às 13h, com uma preocupação: o desempenho do time sem a dupla de ataque titular.
Já desfalcada nos 3 a 0 sobre os EUA do artilheiro da última Eurocopa, Milan Baros, que se recupera de uma lesão no pé direito sofrida em amistoso no início do mês, a seleção tcheca joga hoje em Colônia sem o também titular Jan Koller.
"Temos que encarar a realidade. Não há dúvida de que nosso time está enfraquecido", afirmou o capitão tcheco, Tomas Galasek. "Nosso jogo e tática, que já se mostraram difíceis para os adversários, são baseados nele [Koller]", disse.
Autor do primeiro gol da equipe no Mundial, o atacante de 2,02 m sofreu lesão muscular na coxa direita e foi substituído ainda no primeiro tempo. A expectativa dos médicos é que não tenha condição de jogo até as oitavas-de-final. A volta de Baros também é incerta.
Os dois atacantes já marcaram, somados, 70 gols pela República Tcheca, dos quais 14 só nas eliminatórias da Copa-06.
Sem a dupla de ataque titular, o técnico Karel Bruckner deve repetir o esquema 4-5-1 da estréia, mas com Vratislav Lokvenc como único atacante.
A responsabilidade ofensiva, porém, deve recair sobre os meias Pavel Nedved e Tomas Rosicky, que, aliás, marcou os outros dois gols na vitória sobre os americanos e foi eleito pela Fifa o melhor em campo.
"Perdemos Koller, assim como havia ocorrido com [o meio-campista] Vladimir Smicer. Mas temos que nos arrumar", afirmou Rosicky, que, entretanto, ressaltou não ser "um grande atacante".
Derrotada na estréia pela Itália por 2 a 0, Gana deve repetir a escalação hoje. Mas, assim como os tchecos, o ataque tornou-se motivo de preocupação.
O técnico sérvio Ratomir Dujkovic dedicou ênfase às finalizações depois da estréia sem gol e disse que incentivou os meias Michael Essien e Stephen Appiah a chegarem com maior freqüência ao ataque. Uma nova derrota hoje pode levar a seleção africana à eliminação precoce no Mundial.