São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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Federação veta revanche obrigatória a Sertão

Dirigentes de FIB afirmam que juiz de luta de boxe não transgrediu as regras

Sem outra opção, manager de brasileiro faz proposta para luta no Brasil, porém campeão Eric Aiken afirma analisar "diversas opções"


EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Valdemir Pereira, o Sertão, 31, teve negado pela Federação Internacional de Boxe o pedido de uma revanche obrigatória entre o brasileiro e Eric "Super Mouse" Aiken. O norte-americano tomou o título dos penas (limite de 57,1 kg) da FIB em 13 de maio, em Boston (EUA).
"Não vamos obrigar o Aiken a conceder uma revanche obrigatória. O árbitro [da luta, Charlie Dwyer] não fez nada fora do regulamento", justificou à Folha Lindsay Tucker, do comitê de campeonatos da FIB.
O manager de Sertão, Servílio de Oliveira, fora a Porto Rico participar da convenção anual da FIB, onde argumentou a oficiais da federação que os golpes que causaram a desclassificação do brasileiro contra Aiken não pegaram abaixo da cintura. Acrescentou que o americano "fez um teatro".
Apesar de negar revanche obrigatória -tal posição foi ratificada pela presidente da FIB, Marian Muhammad-, Tucker deixou aberta uma porta para a realização de uma revanche rápida entre Sertão, hoje o quinto colocado no ranking dos pesos-penas, e o norte-americano.
"Nós não forçaremos nada. Mas, se o promotor de ambas os lutadores [o norte-americano Arthur] Pelullo concordar, pode haver uma revanche imediata, já que o Aiken ainda não entrou no período de defesas obrigatórias. No entanto, isso passa obrigatoriamente pelo Pelullo", acrescentou Tucker.
Oliveira encaminhou proposta ao promotor, que a analisa. "Acho possível levantar dinheiro para fazer a revanche aqui no país. Seria muito importante para a modalidade."
"Tenho medo do Aiken defender o título contra qualquer outro, pois tenho certeza de que vai perder o cinturão", conclui o manager do baiano.
Mike Powers, manager de Aiken, diz ter "várias ofertas".


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