São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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Após aposentar projeto, Real joga por 30º título

Com Robinho, equipe leva o Espanhol se vencer

DA REPORTAGEM LOCAL

Ganhar um campeonato que liderou apenas por quatro rodadas e no qual chegou a estar seis pontos distante do pelotão de frente. Para o Real Madrid, o que parecia impossível pode se converter no 30º título nacional nesta tarde, quando a equipe enfrenta o Mallorca a partir das 16h, no Santiago Bernabéu.
Com 73 pontos, o time da capital espanhola é o único que só depende de si para conquistar o troféu na última rodada do torneio. Para isso, precisa vencer e, assim, não se preocupar com os resultados de Barcelona (que tem 73 pontos e joga fora de casa, com o Gimnàstic) e Sevilla (71 pontos e que enfrenta em casa o Villarreal).
Na cambaleante caminhada rumo ao topo, e enquanto patinava em postos menos nobres da tabela, o Real abriu mão de um projeto que notabilizou o clube: o dos "galácticos".
Uma a uma, as estrelas contratadas a peso de ouro pela equipe de maior torcida na Espanha foram sendo criticadas, minadas e dispensadas.
Foi o caso, por exemplo, do atacante brasileiro Ronaldo, que caiu em desgraça com a torcida ao mesmo tempo em que seu peso aumentava e os gols escasseavam. Acabou sendo liberado para o Milan.
Outro brasileiro, o lateral Roberto Carlos, também sofreu com a campanha do Real nos dois primeiros terços do campeonato. Tanto que sua história de 11 temporadas no clube acabou encerrada -após a partida de hoje, ele irá defender o Fenerbahce, da Turquia.
No auge da crise do clube, Roberto Carlos foi visto não apenas como o responsável por falhas que custaram derrotas ao time mas também como o pivô da má fase de outra grande contratação: Robinho.
Enquanto o clube estava longe da liderança do torneio nacional, Roberto Carlos chegou a ser apontado em reportagens publicadas pelos jornais espanhóis como uma espécie de embaixador da noite de Madri. Para onde Robinho teria sido atraído, daí seu baixo rendimento no início do torneio.
A ponta na tabela também mudou essa percepção. Tanto que o Real protagonizou uma disputa com a CBF pela "posse" do atacante, enfim autorizado a disputar um último jogo, hoje, antes de apresentar ao técnico Dunga para a Copa América.
O inglês Beckham foi outra vítima. Ele chegou a ser afastado do elenco titular e teve de treinar separadamente. Foi posto em disponibilidade pelo técnico Fabio Capello -outro que viu o cargo balançar- e acabou acertando um contrato recorde de US$ 250 milhões com o Los Angeles Galaxy.
Hoje considerado indispensável, o inglês está sendo seduzido pelo Real a permanecer. Segundo ele, tarde demais.


NA TV - Gimnàstic x Barcelona
ESPN Brasil, ao vivo, às 16h



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