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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
O Brasil da Europa
OS DOIS TIMES de mais
posse de bola na primeira
rodada da Copa do Mundo
foram Brasil e Espanha. A
seleção de Dunga controlou
63% do jogo. A Espanha teve 68% de bola no pé no primeiro tempo contra a Suíça.
A informação desmente a
tese de que quem joga como
o Brasil de sempre é a Espanha de hoje. Se os espanhóis
jogam com bola no pé, o
Brasil também joga.
Mas a primeira rodada
continua dando a ideia de
que a Espanha é o Brasil da
Europa. Pelo menos foi, das
seleções europeias, a que teve mais dificuldade para
transformar posse de bola
em oportunidades de gol.
Como o Brasil, a Fúria sofre
com a falta de penetração.
Toca, toca.... e nada! Até
Iniesta, aos 23min, oferecer
um passe perfeito para Piqué. Um lançamento ao estilo do que Elano fez para
Maicon, há dois dias.
Faltou à Espanha de ontem a sabedoria para encontrar espaço na defesa
rival que sobrava na Eurocopa. Sobrava?
Nas quartas da Euro, há
dois anos, um suado 0 a 0
com a Itália. Placar perdoado pelo trauma das eliminações históricas contra os
italianos. Mas a Fúria só
bateu a Suécia com gol de
David Villa, aos 47min do
segundo tempo, e a Grécia
por 2 a 1 com gol de Guiza,
aos 43min da etapa final.
Significa que em 2008 teve dificuldade para transformar posse de bola em
gol. Lá, jogava com Fernando Torres e David Villa, até
o atacante do Valencia se
machucar, na semifinal, e
dar a vaga a Fàbregas.
Mas foi com os dois atacantes que sofreu para marcar o segundo gol contra
suecos e gregos e passou em
branco contra os italianos.
A Espanha sofre como o
Brasil contra retrancas. A
Espanha, como o Brasil, vai
melhorar na Copa. Isso pode acontecer num possível
encontro nas oitavas. Nesse
caso, só vai sobrar um.
BIELSA NÃO É LOUCO
Montou o time chileno num
4-3-3, com Alexis Sánchez pela direita, dono do jogo. Valdivia como centroavante,
mas movimentando-se e confundindo a defesa.
VUVUZELA MUDAS
O técnico Oscar Tabarez
corrigiu o problema do Uruguai ao recuar Fórlan, que
mandou na partida contra a
África do Sul. Conseguiu o
que a Fifa não teve coragem:
calou as vuvuzelas.
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