São Paulo, sábado, 17 de julho de 2004

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FUTEBOL

Esquecido pela CBF, que o indicou para o mandato que acaba hoje, Zveiter recorre a atletas para permanecer no STJD

Justiça pode perder homem do asterisco

FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Luiz Zveiter, tem sua permanência no órgão nas mãos de sindicatos de atletas. O mandato do magistrado e dos outros auditores do órgão se encerra hoje, e os nove novos integrantes são indicados por diversos setores esportivos.
Zveiter, que em 2000 foi indicado para o STJD pela CBF, agora foi desprezado pela confederação.
Por pressão dos advogados Carlos Eugênio Lopes (diretor jurídico da CBF) e Valed Perry (que trabalha para a entidade), e desgostoso com atitudes recentes de Zveiter, Ricardo Teixeira resolveu escantear o desembargador.
Uma decisão favorável ao Vitória na Copa do Brasil (o clube baiano reverteu no tribunal a perda de mando de campo na semifinal), supostamente tomada por influência política, foi a gota d'água para a CBF tomar a decisão.
Segundo a Folha apurou, Zveiter, 49, ao saber que fora preterido, passou a buscar novos caminhos para se manter no tribunal. Além da CBF (duas vagas), os auditores são indicados pelos clubes da primeira divisão (dois), pela OAB (dois), pelos árbitros (um) e pelos atletas (dois).
Até ontem à noite, o único setor que não havia indicado oficialmente seus representantes era o dos atletas. Na verdade, o vice-presidente da Federação Nacional de Atletas Profissionais, Rinaldo Martorelli, enviou um fax ao STJD colocando Zveiter como um dos dois indicados da categoria. Mas há um racha na Fenapaf. O presidente da entidade, Jorge Ivo Amaral da Silva, o responsável legal pela indicação, disse ontem à noite que nada estava definido.
Zveiter tornou-se um dos mais polêmicos personagens do futebol nacional ao tornar corriqueiro o tapetão. O Brasileiro do ano passado ficou marcado pelos asteriscos na classificação -fruto das mudanças na tabela por causa de punições no STJD.
"Se sair do tribunal, continuo a atuar como desembargador e vou levar minha vida. Vou treinar jiu-jitsu e me dedicar à maçonaria", declarou ontem Zveiter.


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