São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Brasil perde e joga tudo amanhã

Seleção de basquete cai diante da Grécia e tem de derrotar Alemanha para manter o sonho olímpico

Time masculino falha no rebote e no posicionamento da defesa e só equilibra jogo contra anfitriã de seletiva para Pequim no 1º quarto


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina de basquete não ameaçou o atual vice-campeão mundial, a Grécia, que venceu ontem por 89 a 69, na decisão do primeiro posto do Grupo A do Pré-Olímpico Mundial. Agora, o Brasil terá um percurso mais difícil no torneio de Atenas, que distribui as três últimas vagas em Pequim.
O time brasileiro enfrenta amanhã, pelas quartas-de-final, a Alemanha, que está invicta e terminou em primeiro lugar na chave B. Já os gregos pegam a Nova Zelândia. Quem avançar vai às semifinais.
Os vencedores do novo mata-mata, no sábado, classificam-se para a Olimpíada. Os perdedores se enfrentam no domingo em busca da última vaga.
Ontem, o Brasil equilibrou apenas no primeiro quarto, em que conseguiu trocar bolas rápidas no ataque, pontuando. Na defesa, porém, já apresentava erros de posicionamento. As falhas ficaram mais claras no quarto seguinte. O Brasil insistia em tiros de três pontos com Marcelinho Machado, que não acertava -o aproveitamento da equipe no jogo foi de só 26%.
Se os gregos também desperdiçavam muitos arremessos, conseguiam uma segunda tentativa, graças ao bom índice de rebotes ofensivos (13 no total).
Não bastasse isso, a seleção também perdeu um de seus destaques. O armador Marcelinho Huertas acumulou quatro faltas logo no segundo período e acabou indo para o banco. Fúlvio, seu substituto, não
coordenou o ataque brasileiro com a mesma eficiência, e os gregos deslancharam no marcador, terminando a primeira etapa vencendo por 40 a 30.
No segundo tempo, ficou mais evidente o desnível técnico. Do lago grego, nenhum jogador atuou por mais de 30 minutos. Papaloukas, seu astro, foi preservado para o duelo das quartas-de-final, ficando em quadra só 22 minutos. Os 12 atletas participaram do jogo.
Já o Brasil não pôde contar tanto com o banco. Quatro titulares jogaram por 32 minutos ou mais: Marcelinho Machado, Huertas, Alex e Tiago Splitter.
Duda e Marcus nem entraram.
Como havia anunciado na véspera, o técnico Panyotis Yannakis promoveu uma marcação forte desde a quadra brasileira, forçando os erros da seleção, que perdeu 16 bolas.
Com vantagem ampla, que chegou a 23 pontos, a Grécia apenas administrou o placar no último quarto da partida.


BRASIL (69) - Marcelinho Huertas (14), Alex (15), Marcelinho Machado (14), JP Batista (4), Tiago Splitter (20); Murilo (2), Baby (0), Ricardo (0), Jonathan (0), Fúlvio (0); GRÉCIA (89) - Diamantidis (6), Spanoulis (14), Vassilopoulos (7), Fotsis (18), Tsartsaris (9); Bouroussis (10), Zisis (10), Printezis (6), Pelekanos (4), Schortisianitis (3), Papaloukas (2), Gliniadakis (0)


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