São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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PERFIL

Bochecha trocou cálculo por quimono e agora só quer curtir

DOS ENVIADOS A ATENAS

O ano era 2002, e Bochecha enfrentava um dilema. Ou continuava estudando engenharia em Santos ou se dedicava ao judô: as aulas na faculdade eram à noite, nos horários de treino. Ontem, ele teve certeza de que fez a opção certa.
"Valeu o sacrifício. Foi demais. Falei com minha mãe, e ela disse que todo mundo estava em casa. Amigos, família... Nem sei como coube. Minha casa é pequena", disse ele, que neste ano começou a cursar direito -com bolsa de estudos e dispensa para competir.
Nascido em Suzano, na Grande São Paulo, mas morando em Santos desde os 3 anos, o primeiro medalhista do Brasil em Atenas é o caçula de Geraldo e Regina, ele funcionário da Petrobras e ela dona-de-casa. Sem nenhum judoca na família, começou a lutar na escola, aos 5 anos.
Aos 6, foi treinar com Ivo Nascimento na Associação de Judô Paulo Duarte. E ganhou o apelido. "Quando ele engordava, ficava bochechudo", disse a amiga Danielle Zangrando.
Aos 10, ganhou um segundo técnico, Rogério Sampaio. E aos 19, sentiu-se perto de Deus. "Foi na final do Mundial Júnior. Estava olhando para o nada e senti isso."
Aos 21, é medalhista olímpico. E agora só quer curtir. "Não fui à cerimônia de abertura para me concentrar. Agora, vou aproveitar." (EA E FSX)

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