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ATLETISMO
Vitória de Bolt sela nova etapa nos 100 m
Jamaicano indica que estatura deve se tornar trunfo na prova
Depois de reação lenta na largada, recordista abre vantagem ainda na primeira metade da corrida e até festeja nos metros finais
DOS ENVIADOS A PEQUIM
Usain Bolt não foi só o
quinto velocista na história a
bater o recorde mundial em
uma final olímpica dos 100
m. Seu triunfo na pista do Ninho de Pássaro abre uma nova perspectiva para a prova
mais nobre do atletismo.
O jamaicano, de 1,96 m e
86 kg, possui porte físico
mais próximo ao de um jogador de basquete, mas ontem
mostrou que isso pode ajudar em corrida curta. Até então, imaginava-se que um
atleta tão alto não conseguiria aceleração rápida o suficiente para triunfar nos 100
m, já que seu físico destoa de
outros destaques da prova.
Carl Lewis, um dos mitos
dos 100 m, no auge da forma,
possuía 1,80 m e 80 kg. Asafa
Powell, o mais rápido do
mundo até o aparecimento
de Bolt, tem 1,90 m e 88 kg.
"Os primeiros 40 metros
dele são sensacionais. Deve
ser devido à sua envergadura
privilegiada", analisou o
americano Walter Dix, medalha de bronze ontem.
O físico fez Bolt sobrar na
pista ontem. Apesar de ter tido a segunda reação mais
lenta na largada (0s165), passou à frente de seus concorrentes ainda na primeira metade da prova, festejando o
triunfo antes da chegada.
Se não houve o duelo entre
Bolt, Powell e Tyson Gay, o
público pôde ver a quebra do
recorde mundial, o que não
ocorria na Olimpíada desde
Atlanta-1996, com Donovan
Bailey. "Usain foi espetacular. Ele realmente estava
inalcançável. Poderia até ter
ido além", comentou Powell.
Bolt começou a correr os
100 m só em 2007, com o intuito de auxiliar sua preparação nos 200 m.0
(ALF E FSX)
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