São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

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Maracanã mexe até em área nova

Setor das cadeiras inferiores, com só três anos de vida, será demolido

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Três anos depois da inauguração das novas cadeiras inferiores do Maracanã, as empresas responsáveis pela remodelação do estádio decidiram destruir o setor.
As obras começam na próxima segunda-feira. O presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas), Ícaro Moreno Júnior, informou ontem que a área das cadeiras inferiores será a primeira a ser derrubada na reforma.
As cadeiras foram colocadas onde antes havia a geral, o setor mais popular do estádio até então. As obras para o Maracanã receber a final da Copa do Mundo de 2014 podem consumir até R$ 880 milhões dos cofres públicos.
Segundo a empresa do governo do Estado, as novas cadeiras azuis terão o grau de inclinação modificado, por determinação da Fifa, para facilitar a visibilidade do torcedor. A mesma alegação foi usada pelo governo em 2005, quando acabou com a geral. À época, as obras custaram cerca de R$ 30 milhões.
"Vamos cumprir o que a Fifa exige para um estádio receber uma final de Copa do Mundo. Eles são muito exigentes", disse o presidente da Emop, que não soube ontem estimar o valor gasto na primeira fase da obra.
Na obra feita em 2005, até o gramado foi mexido. O campo foi rebaixado em 1,2 m para melhorar a visão dos frequentadores, segundo os administradores do estádio na época. As obras foram feitas para que a arena recebesse a abertura do Pan-07.
Na nova reforma, o famoso gramado do estádio também encolherá. Atualmente, o campo tem 110 metros de comprimento por 75 metros de largura. Depois da obra, passará a ter 105 m por 68 m, menor que o da Vila Belmiro.
"Após a reforma, o Maracanã vai ficar dez vezes melhor. O campo diminuiu por um pedido da Fifa também, mas o torcedor vai poder sentir o clima do jogo. A primeira fileira ficará a cerca de 12 metros da linha lateral", afirmou o presidente da Emop.
A capacidade do Maracanã também diminuirá durante a obra. Receberá no máximo 50 mil torcedores depois do clássico entre Vasco e Fluminense, no domingo.
"Vamos funcionar assim por pelo menos 50 dias", informou Ícaro Moreno.
Será a segunda grande reforma que o estádio terá em menos de cinco anos. De 1999 a 2007, foram gastos cerca de R$ 250 milhões no Complexo do Maracanã.


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