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Maracanã mexe até em área nova
Setor das cadeiras inferiores, com só três anos de vida, será demolido
SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Três anos depois da inauguração das novas cadeiras
inferiores do Maracanã, as
empresas responsáveis pela
remodelação do estádio decidiram destruir o setor.
As obras começam na próxima segunda-feira. O presidente da Emop (Empresa de
Obras Públicas), Ícaro Moreno Júnior, informou ontem
que a área das cadeiras inferiores será a primeira a ser
derrubada na reforma.
As cadeiras foram colocadas onde antes havia a geral,
o setor mais popular do estádio até então. As obras para o
Maracanã receber a final da
Copa do Mundo de 2014 podem consumir até R$ 880 milhões dos cofres públicos.
Segundo a empresa do governo do Estado, as novas cadeiras azuis terão o grau de
inclinação modificado, por
determinação da Fifa, para
facilitar a visibilidade do torcedor. A mesma alegação foi
usada pelo governo em 2005,
quando acabou com a geral.
À época, as obras custaram
cerca de R$ 30 milhões.
"Vamos cumprir o que a
Fifa exige para um estádio receber uma final de Copa do
Mundo. Eles são muito exigentes", disse o presidente
da Emop, que não soube ontem estimar o valor gasto na
primeira fase da obra.
Na obra feita em 2005, até
o gramado foi mexido. O
campo foi rebaixado em
1,2 m para melhorar a visão
dos frequentadores, segundo
os administradores do estádio na época. As obras foram
feitas para que a arena recebesse a abertura do Pan-07.
Na nova reforma, o famoso
gramado do estádio também
encolherá. Atualmente, o
campo tem 110 metros de
comprimento por 75 metros
de largura. Depois da obra,
passará a ter 105 m por 68 m,
menor que o da Vila Belmiro.
"Após a reforma, o Maracanã vai ficar dez vezes melhor. O campo diminuiu por
um pedido da Fifa também,
mas o torcedor vai poder sentir o clima do jogo. A primeira
fileira ficará a cerca de 12 metros da linha lateral", afirmou o presidente da Emop.
A capacidade do Maracanã também diminuirá durante a obra. Receberá no máximo 50 mil torcedores depois
do clássico entre Vasco e Fluminense, no domingo.
"Vamos funcionar assim
por pelo menos 50 dias", informou Ícaro Moreno.
Será a segunda grande reforma que o estádio terá em
menos de cinco anos. De
1999 a 2007, foram gastos
cerca de R$ 250 milhões no
Complexo do Maracanã.
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