São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
TOSTÃO Falta psicólogo
Apesar do crescente desânimo do público com a seleção, que é cada vez mais da CBF e de seus patrocinadores e parceiros e cada vez menos do torcedor brasileiro, insisto no assunto. Tenho esperança no jogador brasileiro. Em 1968, o Brasil levou também um baile da Alemanha. Eu estava em campo. Todos diziam que o futebol brasileiro estava ultrapassado. Dois anos depois, na Copa de 1970, o Brasil encantou o mundo. Na semana passada, a Alemanha foi muito melhor e deu uma aula de troca de passes, característica que o futebol brasileiro perdeu, por causa de muitos péssimos gramados e dos técnicos, com o apoio de parte da mídia. Mesmo assim, se Kaká e Luis Fabiano estivessem presentes, na forma que tinham antes da Copa de 2010, o Brasil teria feito gols de contra-ataque, já que a Alemanha deixou enormes espaços. O Brasil não aproveitou. Mano Menezes deve barrar André Santos e Pato. O lateral não deveria ser o titular, mas o técnico tinha motivos para não convocar Marcelo, que desdenhou da seleção. Está na hora de o técnico ter uma conversa franca com ele, olho no olho, para tentar trazê-lo, desde que seja por desejo do jogador, e não por obrigação. Ele não é também nenhum craque, mas não existe outro melhor. Além de irregular e confuso, Pato é muito bobinho nas entrevistas. Isso o prejudica em campo. Não há outro superior. Leandro Damião é a melhor opção, sem ser a solução, pelo menos neste momento. Espero que não seja Fred. Se jogassem no Brasil, Fernandinho, Jadson, Renato Augusto, Elias, Luiz Gustavo, André Santos, Sandro, Ramires, Pato e outros que são criticados seriam destaques e pedidos na seleção. As outras seleções também enfrentam problemas. A Espanha tem vários excepcionais armadores e um estilo bonito e eficiente, porém só tem um ótimo atacante, Villa. Fez poucos gols na Copa e correu riscos de perder em quase todas as partidas. Essa dificuldade é, hoje, mais evidente. Em casa, aumentam as chances de o Brasil ganhar a Copa de 2014. Por causa da pressão para vencer e jogar bem, pode ocorrer o contrário. Além de formar um bom time, a seleção vai necessitar da ajuda, desde já, de um psicólogo. Isso não deve ocorrer. O futebol é machista. Acham que os atletas são super-homens, capazes de lidar com qualquer dificuldade. Alguns atletas morrem de medo diante de uma grande responsabilidade, principalmente os mais falastrões e desinibidos fora de campo. Texto Anterior: Atlético-MG contrata para afugentar crise Próximo Texto: Na Vila, Neymar e Ganso tentam afastar má fase Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |