São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Na Vila, Neymar e Ganso tentam afastar má fase

SÉRIE A
Santos, grudado na zona do rebaixamento, recebe o Coritiba

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Juntos, Neymar, 19, e Paulo Henrique Ganso, 21, somam perto de R$ 217 milhões em multas rescisórias.
Juntos, venceram dois Paulistas, uma Copa do Brasil e uma Libertadores. Foram alvo de insistentes pedidos de torcedores que queriam ambos na Copa do Mundo-2010.
A dupla santista, que antes parecia infalível, agora vive um momento inédito de críticas e maus resultados.
Após o título continental, disputaram nove jogos juntos, cinco pela seleção e quatro pelo Santos. Foram cinco derrotas, três empates e uma única vitória, conquistada há mais de um mês, sobre o Equador, ainda na Copa América, onde começou o inferno dos dois jovens jogadores.
No clube, o histórico é de quatro derrotas em quatro partidas. A única vitória do Santos desde o retorno dos atletas do torneio de seleções na Argentina foi sobre o Ceará, com Ganso em campo, mas sem Neymar, suspenso.
O mau momento fez com que a dupla, antes intocável no esquema de Mano Menezes, fosse desfeita no amistoso contra a Alemanha, semana passada. Neymar atuou desde o início, mas Ganso só entrou no segundo tempo.
A má fase dos jogadores se reflete no péssimo momento que o Santos vive no Brasileiro, no qual é o 16º colocado, fora da zona de rebaixamento só por ter saldo de gols melhor que o do Atlético-MG.
Hoje, a dupla terá nova chance para mudar sua sorte e a do clube, que enfrenta o Coritiba, às 21h50, em casa.
"São dois grandes jogadores do futebol brasileiro e da nossa seleção. Eu confio neles e o grupo também", afirmou o atacante Borges, autor do único gol do time nos últimos quatro jogos, o que valeu a vitória contra o Ceará.
O camisa 9, porém, não soube explicar os motivos para a série de fracassos do Santos com a presença dos jogadores mais badalados do país juntos em campo.
"Aconteceu porque tinha que acontecer. São coisas do futebol", respondeu ele, de forma confusa. "Nada melhor que uma boa partida e uma vitória para mudar essa história", completou Borges.
Após a derrota para o Atlético-GO, no sábado, o técnico Muricy Ramalho preferiu não individualizar as críticas e evitou responsabilizar Neymar e Ganso pelas derrotas.
"Não analiso individualmente os jogadores. O que eu tiver de falar, falo pessoalmente. Analiso a equipe e, realmente, ainda não estamos jogando bem", admitiu.
"O clima é de tranquilidade. Os jogadores sabem o que precisam fazer", afirmou Borges, que pediu para ser acionado mais vezes no ataque.
"São vários fatores que a gente sabe internamente que tem que melhorar, mas temos finalizado pouco. Precisamos tentar mais chutes."


Texto Anterior: Tostão: Falta psicólogo
Próximo Texto: Lesões deixam remendo no meio-campo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.