São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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Palmeiras inicia em BH exílio de quatro rodadas

Time pega o Cruzeiro no primeiro ponto da seqüência de viagens pelo Nacional

Juninho crê que má fase do adversário e dimensões do Mineirão vão contribuir para equipe de Tite sair da capital mineira satisfeita

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje, Belo Horizonte. Na quinta, o Recife. No domingo seguinte, Presidente Prudente. E depois, para finalizar, Porto Alegre. Nas próximas quatro rodadas, o Palmeiras peregrinará atrás de um lugar tranqüilo na tabela do Brasileiro.
O primeiro adversário nessa caminhada, às 16h, é o Cruzeiro de Oswaldo de Oliveira, em franca decadência na competição e eliminado no meio da semana pelo Santos da Copa Sul-Americana, nos pênaltis.
Curiosamente, apesar de estar apenas um ponto à frente do Palmeiras, o time de Belo Horizonte, segundo seu treinador, ainda pensa no título. "São 15 jogos, podemos sonhar."
Depois, os andarilhos alviverdes pegarão o lanterna Santa Cruz e, em seguida, o hoje líder São Paulo. O clássico será no interior paulista por decisão anterior da diretoria palmeirense, antes temerosa de usar o Parque Antarctica devido ao péssimo início no Nacional, quando amargava a lanterna.
"É uma pena que tenham decidido isso antes, mas temos que respeitar", disse o meia Juninho, preocupado com o desgaste do Palmeiras. Na última rodada da peregrinação verde, o time vai enfrentar o ascendente Grêmio, no Olímpico.
"Claro que cansa menos você jogar em casa, porque não tem viagens. Pelo menos, no Mineirão, o campo é grande, dá espaços, vai ser difícil para eles marcarem pressão o tempo todo."
A justificativa do meia se baseia no fato de que terá como companheiros ofensivos Edmundo e Marcinho (este no lugar de Enílton, machucado).
Todos os três têm características de voltar para buscar a bola no meio, o que pode congestionar as ações de ataque.
"Como o campo é grande, se o Edmundo voltar para buscar a bola, temos espaço para nos deslocar", diz Juninho, que vê contornado o bate-boca da semana com o atacante. "Extrapolei, admito. De infarto eu não vou morrer, porque não guardo nada, boto tudo para fora."
Outro ponto a favor do Palmeiras é a necessidade de vitórias do time cruzeirense para aplacar a crise. "Se eles não fizerem gol nos primeiros 20, 30 minutos, a gente sabe que alguém vai reclamar. Torcedor é igual em qualquer lugar."
O técnico Tite confirmou a volta de Nen à zaga e a presença do volante Roger na proteção da zaga. No banco, o técnico do Palmeiras terá o meia chileno Valdivia, recuperado de contusão, além do retorno do goleiro Sérgio, que se recuperou de uma cirurgia no dedo mínimo da mão direita.
No Cruzeiro, Oliveira não sabe se poderá contar com o atacante Élber, que torceu o tornozelo e foi poupado ao longo da semana. O time terá um improviso e duas estréias.
Geovanni deve atuar com o adiantado meia Wagner, enquanto a zaga deve estrear André Luís. Na ala esquerda do 3-5-2, quem debuta é Leandro.

NA TV - Cruzeiro x Palmeiras Globo (para Grande São Paulo) e Record (para SP e Porto Alegre), ao vivo, às 16h

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