São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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Corinthians vence a sétima com Leão

Equipe perde chances e é pressionada no final do jogo, mas supera o Paraná com gol do volante Magrão

Corinthians 1
Paraná 0

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Não teve brilhantismo, o ataque demorou a funcionar, mas o Corinthians venceu. O placar foi magro no campo, mas na classificação pode significar uma goleada. O 1 a 0, gol solitário de Magrão, levou o time, momentaneamente, à 11ª posição, com 30 pontos -está a só seis da zona da Libertadores.
Hoje, com o complemento da rodada, pode perder três posições caso Fluminense, Palmeiras e Botafogo vençam.
Para alcançar a sétima vitória em dez jogos sob o comando de Leão, o time, que tem a maior média de expulsões da história do Brasileiro de pontos corridos, foi bem comportado.
Os corintianos não tiveram jogadores expulsos e receberam apenas três cartões amarelos, dois deles por reclamação. Ao final da partida, Leão foi cumprimentar o árbitro Luis Antônio Silva pela atuação.
O Corinthians impôs forte pressão no início. Marcou forte, retomou a posse de bola e saiu com velocidade. O lado esquerdo foi a opção preferida. Por ali, Gustavo Nery e Amoroso criaram as melhores chances. O problema é que o time ou finalizava mal ou nem isso conseguia (foram oito chutes na primeira etapa, sete para fora).
Prova disso foi o gol perdido por Amoroso, livre, na área, em bela jogada de Nadson e Edson.
A boa movimentação dos atacantes com os laterais, no entanto, foi mostra da ineficiência dos meias Roger e Carlos Alberto, que sofriam com a marcação dos rivais. Assim, a armação das jogadas ficava a cargo de Magrão e Marcelo Mattos.
O Paraná, desfalcado do meia-atacante Maicosuel e do lateral Ângelo, limitou-se a se defender, com três zagueiros e três volantes, quase todo o tempo. Quase, pois no final Leonardo acertou a trave de Marcelo.
O susto acabou com a paciência dos torcedores, que chegaram a vaiar os corintianos. Irritou Leão também, que, aos gritos, dava bronca no time.
"Estamos jogando contra uma grande equipe, que está entre os primeiros, e veio para jogar fechada. Nós não estamos encontrando os espaços. Num jogo chato assim, 1 a 0 é goleada", analisou o apagado Roger no intervalo da partida.
O fraco desempenho fez Leão alterar o time. Sacou Nadson e pôs Ramon. Bastaram cinco minutos para o time alcançar a "goleada" de Roger. Carlos Alberto cruzou na área, Amoroso recebeu e tocou de calcanhar para Magrão marcar, aos 5min, seu segundo gol pelo Corinthians em três jogos.
O Paraná, então, deixou a retranca e passou a atacar mais. Isso proporcionou mais espaços aos comandados de Leão.
Em rápidos contragolpes, o Corinthians poderia ter ampliado, mas falhava nos arremates. O time parecia satisfeito com o placar, a ponto de o goleiro Marcelo ser repreendido pelo árbitro por demorar a cobrar tiro de meta. Leão mostrava-se preocupado. A todo o momento orientava a defesa.
O Paraná perdeu pelo menos três boas chances e reclamou pênalti quando Edinho disputou bola na área com Marinho. Leão reforçou a defesa. Tirou Roger e pôs Marcus Vinícius.
O árbitro ainda anulou gol de Amoroso, alegando impedimento. Renato, na frente do goleiro, jogou fora o segundo, mas a "goleada" estava assegurada.


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