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Nem vingança acende São Paulo
Em casa, time cria pouco, toma 3 gols de seu algoz na Libertadores e sai vaiado pela torcida
Ricardo Nogueira/Folhapress
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Após ser substituído, Jorge Wagner assiste à derrota do São Paulo
São Paulo 1
Cléber Santana, aos 19min do 1º tempo
Internacional 3
Wilson Matias, aos 9min, e Leandro
Damião, aos 37min do 1º tempo;
Giuliano, aos 17min do 2º tempo
JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO
Nem a possível sensação
de vingança pela eliminação
da Libertadores acendeu o
São Paulo. Sonolenta, a equipe de Sérgio Baresi foi facilmente envolvida pelo Internacional e caiu por 3 a 1 no
Morumbi, mesmo palco da
derrocada na semifinal da
competição continental.
Com o resultado, estaciona nos 28 pontos e cai uma
posição, sendo agora o 12º. O
G4 está distante nove pontos.
Agora, o time faz clássico
contra o Palmeiras, no domingo, no Pacaembu. O arquirrival alviverde está uma
posição acima na tabela.
O Inter marcou ontem no
início do jogo. E, para isso,
fez uso do artifício que rendeu o gol da classificação da
Libertadores: uma cobrança
de falta de D"Alessandro.
Aos 9min, o meia argentino ergueu bola na área, e Índio escorou para trás. Wilson
Matias, livre, completou.
Mas o São Paulo conseguiu o empate dez minutos
depois, quando estava pior.
E também com bola parada.
Após cobrança de falta, a
zaga do Internacional tentou
fazer linha de impedimento,
mas deixou Cléber Santana,
em situação legal, livre para
cabecear para as redes.
Rápido na troca de passes,
o time gaúcho desempatou
numa jogada que envolveu
facilmente a defesa são-paulina. Aos 37min, Giuliano tabelou com Tinga e serviu o
centroavante Leandro Damião, que tocou na saída de
Rogério para marcar.
O São Paulo parecia não
ter criatividade para fazer outra coisa a não ser alçar bolas
na área. Faltava criatividade.
"Não gostei nem um pouco,
nem um pouco", declarou o
goleiro e capitão Rogério.
O time já exibia destempero na saída do intervalo. "Os
atacantes, quando estivermos sem a bola, precisam
ajudar na marcação. Precisam ajudar o meio", falou o
lateral Richarlyson. "Não está dando nada certo", afirmou o meia-atacante Lucas.
Baresi tentou dar gás ao
sonolento time na segunda
etapa. Sacou Dagoberto e colocou Marlos. Nada mudou.
A equipe voltou mais afobada e era envolvida pelo rival.
E foi questão de tempo para o Inter fazer o terceiro gol.
Aos 17min, Tinga avançou
tranquilo pela direita e cruzou. A zaga não conseguiu
cortar, e Giuliano, desajeitado, chutou para marcar. Rogério mostrou irritação e chutou a bola após tomar o gol.
Destemperados, os são-
-paulinos se irritavam com os
rivais. Rogério bateu boca
com Tinga. Cléber Santana
levou amarelo ao parar Edu
com falta feia. Mas, futebol
mesmo, nada. Nem a bola aérea voltou a aparecer. E o time saiu vaiado pelos 11.327
que pagaram para ver o jogo.
ANTES
Sob desconfiança após perder do Botafogo, São Paulo repete o ataque com Lucas, Fernandão e Dagoberto e
aposta na bola aérea
DURANTE
Após o Inter marcar dois gols, um como na eliminação da Libertadores, o técnico
Sérgio Baresi tira Dagoberto e põe Marlos
DEPOIS
O São Paulo não se acha em campo, sofre outro gol, vê atletas perderem a cabeça e
vai em crise para o clássico ante o Palmeiras
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