São Paulo, sexta-feira, 17 de setembro de 2010

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Nem vingança acende São Paulo

Em casa, time cria pouco, toma 3 gols de seu algoz na Libertadores e sai vaiado pela torcida

Ricardo Nogueira/Folhapress
Após ser substituído, Jorge Wagner assiste à derrota do São Paulo

São Paulo 1
Cléber Santana, aos 19min do 1º tempo

Internacional 3
Wilson Matias, aos 9min, e Leandro Damião, aos 37min do 1º tempo; Giuliano, aos 17min do 2º tempo

JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO

Nem a possível sensação de vingança pela eliminação da Libertadores acendeu o São Paulo. Sonolenta, a equipe de Sérgio Baresi foi facilmente envolvida pelo Internacional e caiu por 3 a 1 no Morumbi, mesmo palco da derrocada na semifinal da competição continental.
Com o resultado, estaciona nos 28 pontos e cai uma posição, sendo agora o 12º. O G4 está distante nove pontos.
Agora, o time faz clássico contra o Palmeiras, no domingo, no Pacaembu. O arquirrival alviverde está uma posição acima na tabela.
O Inter marcou ontem no início do jogo. E, para isso, fez uso do artifício que rendeu o gol da classificação da Libertadores: uma cobrança de falta de D"Alessandro.
Aos 9min, o meia argentino ergueu bola na área, e Índio escorou para trás. Wilson Matias, livre, completou.
Mas o São Paulo conseguiu o empate dez minutos depois, quando estava pior. E também com bola parada.
Após cobrança de falta, a zaga do Internacional tentou fazer linha de impedimento, mas deixou Cléber Santana, em situação legal, livre para cabecear para as redes.
Rápido na troca de passes, o time gaúcho desempatou numa jogada que envolveu facilmente a defesa são-paulina. Aos 37min, Giuliano tabelou com Tinga e serviu o centroavante Leandro Damião, que tocou na saída de Rogério para marcar.
O São Paulo parecia não ter criatividade para fazer outra coisa a não ser alçar bolas na área. Faltava criatividade. "Não gostei nem um pouco, nem um pouco", declarou o goleiro e capitão Rogério.
O time já exibia destempero na saída do intervalo. "Os atacantes, quando estivermos sem a bola, precisam ajudar na marcação. Precisam ajudar o meio", falou o lateral Richarlyson. "Não está dando nada certo", afirmou o meia-atacante Lucas.
Baresi tentou dar gás ao sonolento time na segunda etapa. Sacou Dagoberto e colocou Marlos. Nada mudou. A equipe voltou mais afobada e era envolvida pelo rival.
E foi questão de tempo para o Inter fazer o terceiro gol. Aos 17min, Tinga avançou tranquilo pela direita e cruzou. A zaga não conseguiu cortar, e Giuliano, desajeitado, chutou para marcar. Rogério mostrou irritação e chutou a bola após tomar o gol.
Destemperados, os são- -paulinos se irritavam com os rivais. Rogério bateu boca com Tinga. Cléber Santana levou amarelo ao parar Edu com falta feia. Mas, futebol mesmo, nada. Nem a bola aérea voltou a aparecer. E o time saiu vaiado pelos 11.327 que pagaram para ver o jogo.

ANTES
Sob desconfiança após perder do Botafogo, São Paulo repete o ataque com Lucas, Fernandão e Dagoberto e aposta na bola aérea

DURANTE
Após o Inter marcar dois gols, um como na eliminação da Libertadores, o técnico Sérgio Baresi tira Dagoberto e põe Marlos

DEPOIS
O São Paulo não se acha em campo, sofre outro gol, vê atletas perderem a cabeça e vai em crise para o clássico ante o Palmeiras


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