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São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

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NEGÓCIOS

Para diretor da ESPN, Brasil é mercado promissor

Criador dos X-Games afirma que esportes de ação só "engatinham"

DA REPORTAGEM LOCAL

"Nós apenas arranhamos a superfície do terreno." É com esta metáfora que Jack Wienert, diretor-executivo da ESPN e um dos co-fundadores dos X-Games, avalia o desempenho dos esportes de ação no Brasil e no mundo.
O americano, que esteve no país para participar do fórum "O Grande Negócio do Esporte", que aconteceu no Rio no final da semana passada, acredita que a América Latina é um dos principais nichos a serem explorados.
"Nós estamos apenas começando. O interesse por esses esportes já despertamos", disse à Folha.
"A América Latina é enorme. Mas queremos fazer mais. Se a economia melhorar, nós conseguiremos isso. Nosso desafio aqui é usar o Brasil como ponto de partida para atingir toda a região."
Em abril de 2004, o Rio receberá a terceira edição dos X-Games Latino-Americanos, que garantem aos vencedores uma vaga nos Jogos americanos. "Se não achássemos que este é um mercado que vale a pena, não voltaríamos."
Responsável por toda a execução dos X-Games, conhecidos como a olimpíada dos esportes radicais, Wienert aponta também a Ásia como outro mercado promissor. "O governo japonês, por exemplo, já nos procurou para fazermos um evento por lá. O mesmo acontece com a China."
Um dos maiores empecilhos para que os esportes de ação se desenvolvam no Brasil e em países pobres é o alto custo dos equipamentos e a dificuldade dos atletas em achar lugares com estrutura adequada para treinar.
"Com certeza, isso é um obstáculo, mas acredito que, se as crianças estiverem motivadas e familiarizadas com esses esportes, arrumarão um jeito para competir, assim como acontece no tênis, por exemplo", disse o americano.
De fato os X-Games já se solidificaram como principal evento dos esportes de ação. Criados em 1995, com o nome de Extreme Games, cresceram tanto que várias ramificações foram surgindo com o passar dos anos: os X-Games de Inverno, os X-Games Internacionais, e, no ano passado, os X-Games Global Championship.
"O que queremos agora é popularizar os X-Games Global Championship, uma competição na qual atletas representam diferentes regiões do país e do mundo e que mistura esportes de verão e inverno simultaneamente, em cidades distintas nos EUA e no Canadá", afirmou Wienert.
"Acho que este é o primeiro passo para criarmos um evento internacional de fato. O resto é uma questão de tempo, dinheiro e visão." (TATIANA CUNHA)


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