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Artilheiros mantêm São Paulo na ponta
Líder ouve vaias no Morumbi, mas Borges e Hugo marcam contra Figueirense, e time alcança a 5ª vitória consecutiva
São Paulo 3
Figueirense 1
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O roteiro do São Paulo no
Brasileiro contra times médios
no Morumbi foi mantido.
Houve momentos de tensão
e até vaias da torcida. Mas pela
ação de seus dois artilheiros no
Brasileiro, o São Paulo venceu o
Figueirense ontem por 3 a 1, segue isolado na frente da competição com 68 pontos e tem a
cumprir agora só três rodadas.
Com dois gols de Borges no
primeiro tempo -soma agora
14- e com Hugo definindo a
partida na etapa final -contabiliza 13-, o time de Muricy
Ramalho chegou aos 15 jogos
de invencibilidade e a sua quinta vitória seguida. De quebra, a
partida marcou ainda o recorde
de público da equipe no Nacional: 58.518 pagantes.
Com a semana livre, o São
Paulo volta a campo no próximo domingo e enfrenta o Vasco, ameaçado pelo rebaixamento, em São Januário.
"Foi uma vitória importante
e que mantém o São Paulo dependendo somente de seus resultados. Mas sabemos que a
dificuldade ainda é grande",
afirmou o zagueiro Miranda
depois do jogo de ontem.
O São Paulo nem teve tempo
de sofrer com a retranca do adversário. Logo aos 9min, num
cruzamento de Jorge Wagner,
Borges se antecipou e abriu o
placar de cabeça para fazer a
festa da torcida no Morumbi.
O 1 a 0 logo de cara fez o Figueirense jogar mais aberto e
propiciou os espaços para a
equipe de Muricy explorar no
seu campo de ataque.
A boa atuação de Jean, que
antecipava bem na marcação e
era ligeiro na ligação com o ataque, deu velocidade ao time.
O Figueirense incomodava
muito pouco, e num cruzamento de Dagoberto da direita, Borges apostou na falha da zaga para definir a jogada e estabelecer
2 a 0 com 25min.
O São Paulo diminuiu o ritmo, passou a fazer a bola girar e
administrou a vantagem. Mas o
que o time de Muricy Ramalho
não contava era levar um gol no
fim do primeiro tempo.
Cleiton Xavier disputou o
lance com vários adversários
na entrada da área e chutou
rasteiro. A bola desviou na zaga
e enganou capitão Rogério entrando mansa no meio do gol.
No intervalo, o zagueiro Miranda previu a conversa que a
equipe teria no vestiário.
"O time estava bem, dominando o jogo e levou o gol. Vamos ter de acertar isso no vestiário", comentou o jogador.
Mas se o São Paulo foi soberano em todo o primeiro tempo, na etapa final o panorama
mudou. O time recuou, o Figueirense adiantou a marcação
e a pressão mudou de lado.
Em dois cruzamentos da direita, os visitantes chegaram
com perigo. Em um desses lances, Anderson deu carrinho para fazer o corte quando Rogério
estava batido na jogada.
Sem força para chegar ao ataque adversário, o São Paulo arriscou a primeira finalização
aos 22min em tentativa do volante Hernanes.
A torcida já vaiava o time
quando uma jogada pela direita
definiu a partida. Joílson foi no
fundo e rolou para Hugo completar e fazer 3 a 1.
A partir daí, o que era desespero na arquibancada deu lugar
à festa, coro para Muricy e até
comemoração em defesa do goleiro são-paulino.
No final da partida, o atacante Dagoberto perdeu gol e a
chance de transformar a vitória
de ontem em um placar ainda
mais elástico no Morumbi.
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