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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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FPF quer julgamento relâmpago para receber torcidas organizadas

DA REPORTAGEM LOCAL

A FPF vai pedir ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a instalação de juizados especiais nos estádios de seus filiados a partir do próximo Paulista.
A idéia faz parte das medidas para oficializar a volta das torcidas organizadas aos jogos.
O presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, afirmou ontem que pediu uma audiência ao tribunal para tratar do assunto.
"Estamos atrás do Rio de Janeiro, que já teve os juizados especiais neste ano. Temos que viabilizar isso logo", disse Del Nero.
No último Brasileiro, o Maracanã contou com esse sistema.
Como aconteceu no Rio, a FPF quer que os torcedores presos por causa de distúrbios sejam julgados imediatamente. Para Del Nero, esse procedimento coibirá a violência e deixará mais segura a volta das organizadas.
"Se for o caso, o torcedor só será liberado depois de pagar fiança", declarou o dirigente.
A meta é que os estádios do interior também possam contar com esses juizados. "Os maiores problemas são em clássicos, mas todos devem estar preparados."
As uniformizadas estão proibidas de entrar nos estádios paulistas com camisas e faixas. Algumas, como a Gaviões da Fiel, a maior do Corinthians, têm liminares para exibir suas faixas.
Elas foram banidas depois de uma briga em 1995 entre são-paulinos e palmeirenses, no Pacaembu. A batalha provocou a morte do torcedor Márcio Gasparin.
"Algumas torcidas já estão nos estádios ludibriando a proibição. Então, se elas entrarem nos estádios identificadas, ficará mais fácil controlá-las. Vamos fazer tudo com muito cuidado, depois de muito estudo", falou o dirigente.
Del Nero disse que a federação e os clubes ajudariam na instalação dos juizados. "Todos os estádios têm uma sala para ceder ao tribunal. Podemos arrumar mesas e cadeiras. Não é nada complicado, por isso dá para fazer logo."
Ele espera se reunir ainda nesta semana com representantes do tribunal para discutir o assunto. A assessoria de imprensa do órgão não soube dizer ontem à Folha se é viável a instalação dos juizados.
A liberação total das organizadas depende ainda de autorizações da Polícia Militar, do Ministério Público e da Secretaria da Segurança Pública. (RP)


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