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SAIBA MAIS
Empresa fraudou balanço e teve de pedir concordata
DA REPORTAGEM LOCAL
Oitavo maior grupo industrial da Itália, a Parmalat anunciou um rombo em suas contas
de 3,95 bilhões -cerca de R$
15 bilhões- no mês passado.
A cúpula da empresa foi acusada de forjar um documento
segundo o qual o dinheiro -os
3,95 bilhões- estaria disponível numa agência do Bank of
America nas Ilhas Cayman. O
banco, porém, disse que o depósito nunca existiu.
Além do depósito inexistente, a Parmalat havia informado
em seu balanço a recompra de
2,9 bilhões em títulos. Só que
promotores italianos disseram
que a recompra nunca aconteceu e que o rombo no balanço
poderia ser ainda maior -na
ordem dos 7,5 bilhões.
Acusado de fraude contábil,
Calisto Tanzi, o fundador do
grupo, renunciou à presidência
e foi indiciado pela Justiça, passando a responder processo
criminal -acabou sendo preso em Milão.
Já a empresa, que aparentava
ter mais liquidez do que realmente tinha, devido à maquiagem contábil, tornou-se insolvente e teve de pedir concordata. O governo italiano, então,
resolveu nomear um interventor para tentar recuperar suas
finanças e resgatá-la da situação em que se encontra.
(JCA)
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