São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2004

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Naturalizado, técnico é contra a "importação"

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico da seleção brasileira feminina, Wei Jian Ren, 51, começou no esporte competitivo aos seis anos de idade, quando ainda vivia na China.
Lá, como jogador, obteve um título considerado tão difícil quanto o Mundial: o do campeonato militar local.
Em 77, se tornou técnico do time de sua província de origem. Doze anos mais tarde, desembarcou no Brasil, orientado pelo presidente da Federação Japonesa de Tênis de Mesa, onde trabalhou de 1986 a 1989.
Dirigiu a seleção nos Jogos de Atlanta-96 e nos Pans de Mar del Plata-95 e Winnipeg-99.
"A naturalização de mesa-tenistas chineses é um reflexo da globalização. Funciona como a proliferação de jogadores de futebol brasileiros pelo mundo. Mas para um país se desenvolver na modalidade deve garimpar seus próprios talentos", declarou Wei, que também é técnico do clube Itaim Keiko -associação paulistana que reúne a colônia japonesa.
Com a inauguração do centro de treinamento na missão católica chinesa, Wei diz ter um novo desafio na carreira: "Transformar um "chinês" nascido no Brasil em um mesa-tenista de ponta e incentivar o intercâmbio entre minha pátria atual e o país onde nasci". (LF)


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