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Naturalizado,
técnico é contra
a "importação"
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico da seleção brasileira feminina, Wei Jian Ren, 51,
começou no esporte competitivo aos seis anos de idade, quando ainda vivia na China.
Lá, como jogador, obteve um
título considerado tão difícil
quanto o Mundial: o do campeonato militar local.
Em 77, se tornou técnico do
time de sua província de origem. Doze anos mais tarde, desembarcou no Brasil, orientado
pelo presidente da Federação
Japonesa de Tênis de Mesa, onde trabalhou de 1986 a 1989.
Dirigiu a seleção nos Jogos de
Atlanta-96 e nos Pans de Mar
del Plata-95 e Winnipeg-99.
"A naturalização de mesa-tenistas chineses é um reflexo da
globalização. Funciona como a
proliferação de jogadores de
futebol brasileiros pelo mundo.
Mas para um país se desenvolver na modalidade deve garimpar seus próprios talentos", declarou Wei, que também é técnico do clube Itaim Keiko
-associação paulistana que
reúne a colônia japonesa.
Com a inauguração do centro
de treinamento na missão católica chinesa, Wei diz ter um novo desafio na carreira: "Transformar um "chinês" nascido no
Brasil em um mesa-tenista de
ponta e incentivar o intercâmbio entre minha pátria atual e o
país onde nasci".
(LF)
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