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FUTEBOL
Técnico, que pega Corinthians na lanterna, irá receber R$ 65 mil por mês, menos do que ganhava no time em 2000
Oliveira volta mais barato e pede reforço
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Após quase quatro anos, o técnico Oswaldo de Oliveira, 53, voltou ontem ao Corinthians com a
missão de tirar o clube da lanterna
do Grupo 1 do Paulista.
Ele é o escolhido para tocar o
plano B do time em 2004, já que a
aposta no demitido Juninho, a
primeira opção, não deu certo.
O treinador chega com um salário de aproximadamente R$ 65
mil, menos do que os R$ 80 mil
pagos a ele em 2000, quando terminou sua passagem anterior pelo Parque São Jorge.
A diferença é maior ainda em
relação ao que recebia no São
Paulo, de onde foi demitido em
2003. O clube do Morumbi lhe pagava R$ 140 mil por mês.
Para a nova missão, o técnico já
avisou que precisa de reforços,
apesar de a diretoria ter contratado 13 jogadores para o Paulista.
Oliveira não definiu as posições,
mas já falou sobre o assunto com
os diretores. "Foi uma conversa
superficial, já que não conheço
bem a equipe. Mas precisamos
contratar", disse o treinador.
O vice de futebol corintiano,
Antonio Roque Citadini, afirmou
que concorda com o técnico.
Os reforços virão para a Copa
do Brasil e o Brasileiro, já que não
são mais permitidas inscrições no
Campeonato Paulista.
O plano emergencial que começa a ser colocado em prática já havia sido previsto pelo presidente
do clube, Alberto Dualib. Em janeiro, após contratar 12 reforços
-Edson Araújo chegou na semana passada-, ele disse que poderia reformular o time no caso de
maus resultados no Estadual.
Porém Oliveira terá de se contentar com contratações mais
modestas em relação às outras vezes em que comandou o clube que
o lançou como treinador.
Antes, com o dinheiro do
HMTF, ex-parceiro corintiano,
não faltavam jogadores que haviam atuado pela seleção brasileira, como Dida, Vampeta, Edílson,
Marcelinho e Luizão.
Agora, ele não encontrou nenhum atleta que tenha participado das últimas convocações de
Carlos Alberto Parreira. Só Fábio
Costa, Rogério e Gil já vestiram a
camisa amarela do time nacional.
Da equipe titular na conquista
do Mundial de Clubes da Fifa, em
2000, só sobrou o volante Rincón,
37, que acaba de encerrar dois
anos de aposentadoria.
E a primeira decisão do treinador é justamente em relação ao
colombiano, que será efetivado
como capitão. Rincón ficou com a
braçadeira na derrota para o São
Paulo só porque Rogério, com um
trauma no olho direito, não jogou. "O Rincón é o capitão que levantou a taça do Mundial, claro
que será o capitão", avisou.
"Desde que cheguei aqui, nunca
pedi para ser capitão. É critério do
treinador", afirmou o volante.
Com a lembrança de jogos épicos na cabeça, como o empate
com o Real Madrid pelo Mundial
de Clubes e os confrontos com o
Palmeiras pela Libertadores, Oliveira sentirá na pele o contraste
entre a fase anterior e atual no clube logo na estréia. Em vez de um
arquiinimigo num jogo que vale
título, enfrentará o Juventus, no
dia 26, precisando vencer para se
afastar da zona de rebaixamento
-o último de cada grupo cai.
Oliveira terá a companhia do irmão Waldemar, seu auxiliar. O
preparador físico Fábio Mahseredijian tenta se desligar do Flamengo para também acompanhá-lo. Eles serão os substitutos
do auxiliar Jairo Leal e do preparador físico Moraci Sant'Anna,
demitidos com Juninho.
"Eu esperava continuar, tinha
condições de fazer o time melhorar", disse o técnico dispensado.
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