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Corinthians empata e reclama
Arbitragem confusa de Elcio Paschoal Borborema faz diretoria divergir sobre protesto na federação
Corinthians 1
Bragantino 1
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians não jogou
bem, e a partida contra o Bragantino, que deveria ser de festa pelos 5.000 jogos na história
do clube, acabou em lamentações e em falta de sintonia da
diretoria do Parque São Jorge.
O 1 a 1 com o Bragantino evitou que o time chegasse ao grupo dos quatro melhores, apesar
dos oito jogos de invencibilidade, e fez os corintianos abrirem
fogo contra a arbitragem, que
errou contra as duas equipes.
Revoltado com o anti-jogo do
adversário, que fez 42 faltas
contra 17, e com o trabalho do
árbitro Elcio Paschoal Borborema, o diretor técnico corintiano, Antonio Carlos, afirmou
que o clube deve enviar protesto hoje à federação.
"Não é de praxe reclamarmos, mas por tudo o que vem
acontecendo fazemos esse manifesto", afirmou ele, que reclamou de pênalti não marcado
em Lulinha e de um impedimento no gol do Bragantino.
Segundo ele, o presidente
Andres Sanches e o vice de futebol, Mario Gobbi, discutiam,
ainda nos vestiários do Morumbi, se enviariam o documento à FPF hoje.
Andres, porém, ao sair do estádio comentou: "Não adianta
falar nada de arbitragem, precisamos é esquecer o assunto.
Temos é de ganhar as partidas."
O técnico Mano Menezes,
que hoje será julgado pelo tribunal desportivo paulista por
sua expulsão contra o Ituano,
ficou do lado de Antonio Carlos, apesar de reconhecer o
mau futebol de sua equipe.
"Eu tenho julgamento amanhã [hoje] e, na véspera, não
gostaria de falar de arbitragem.
Mas tem sido uma regra. Foram 42 faltas do adversário. Todo ano falam que vão coibir a
violência, preservar os talentos,
mas isso continua só na teoria."
"Cada empate tem uma história diferente. O de hoje foi
frustrante", disse.
A forte marcação do Bragantino, carregada de faltas, enervou os corintianos. O time do
interior se fechava na defesa,
sem dar espaço aos atacantes.
Diante do bloqueio, Mano
Menezes pediu movimentação,
e Lulinha começou a aparecer.
Primeiro, deixou André Santos na cara do gol, mas ele chutou para fora. Depois, foi derrubado por Mário na área. O árbitro, além de não marcar pênalti, deu o cartão amarelo para o
jogador corintiano. "Eu me desequilibrei, ele me empurrou e
para mim foi pênalti", disse Lulinha, no intervalo.
A arbitragem foi confusa, invertendo faltas e com muitos
cartões -cinco amarelos para o
Corinthians, sete para o rival,
além de um vermelho. O zagueiro Hugo, do Bragantino,
poderia ter sido expulso. Fez
cinco faltas em dez minutos de
partida e acabou substituído.
O auxiliar Caio Mesquita de
Almeida marcou impedimento
do ataque do Bragantino após
cobrança de lateral, o que não
existe. "Não vi esse lance, mas
vamos analisar", disse o coronel Marcos Marinho, chefe da
arbitragem da federação paulista. Ele promete fazer um curso de reciclagem aos árbitros
que cometerem falhas.
O Corinthians achou seu gol
quando a bola sobrou para Lulinha e ele tocou na saída de Gléguer, aos 31min.
Na etapa final, ele voltou bem
marcado por Mário. O Bragantino pressionou e, logo aos
4min, em bobeada da defesa alvinegra, Da Silva empatou. Os
corintianos pediram impedimento, que não existiu.
Lulinha saiu, Acosta entrou.
Os corintianos pioraram em
campo. Mano desfez o esquema
com três zagueiros ao trocar
Carlão para por Marcel.
Em mais um erro da arbitragem, Acosta fez falta em César,
mas o árbitro marcou infração
do atleta do Bragantino, que já
tinha amarelo e foi expulso.
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