São Paulo, segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

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Corinthians empata e reclama

Arbitragem confusa de Elcio Paschoal Borborema faz diretoria divergir sobre protesto na federação

Corinthians 1
Bragantino 1

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians não jogou bem, e a partida contra o Bragantino, que deveria ser de festa pelos 5.000 jogos na história do clube, acabou em lamentações e em falta de sintonia da diretoria do Parque São Jorge.
O 1 a 1 com o Bragantino evitou que o time chegasse ao grupo dos quatro melhores, apesar dos oito jogos de invencibilidade, e fez os corintianos abrirem fogo contra a arbitragem, que errou contra as duas equipes.
Revoltado com o anti-jogo do adversário, que fez 42 faltas contra 17, e com o trabalho do árbitro Elcio Paschoal Borborema, o diretor técnico corintiano, Antonio Carlos, afirmou que o clube deve enviar protesto hoje à federação.
"Não é de praxe reclamarmos, mas por tudo o que vem acontecendo fazemos esse manifesto", afirmou ele, que reclamou de pênalti não marcado em Lulinha e de um impedimento no gol do Bragantino.
Segundo ele, o presidente Andres Sanches e o vice de futebol, Mario Gobbi, discutiam, ainda nos vestiários do Morumbi, se enviariam o documento à FPF hoje.
Andres, porém, ao sair do estádio comentou: "Não adianta falar nada de arbitragem, precisamos é esquecer o assunto. Temos é de ganhar as partidas."
O técnico Mano Menezes, que hoje será julgado pelo tribunal desportivo paulista por sua expulsão contra o Ituano, ficou do lado de Antonio Carlos, apesar de reconhecer o mau futebol de sua equipe.
"Eu tenho julgamento amanhã [hoje] e, na véspera, não gostaria de falar de arbitragem. Mas tem sido uma regra. Foram 42 faltas do adversário. Todo ano falam que vão coibir a violência, preservar os talentos, mas isso continua só na teoria."
"Cada empate tem uma história diferente. O de hoje foi frustrante", disse.
A forte marcação do Bragantino, carregada de faltas, enervou os corintianos. O time do interior se fechava na defesa, sem dar espaço aos atacantes.
Diante do bloqueio, Mano Menezes pediu movimentação, e Lulinha começou a aparecer.
Primeiro, deixou André Santos na cara do gol, mas ele chutou para fora. Depois, foi derrubado por Mário na área. O árbitro, além de não marcar pênalti, deu o cartão amarelo para o jogador corintiano. "Eu me desequilibrei, ele me empurrou e para mim foi pênalti", disse Lulinha, no intervalo.
A arbitragem foi confusa, invertendo faltas e com muitos cartões -cinco amarelos para o Corinthians, sete para o rival, além de um vermelho. O zagueiro Hugo, do Bragantino, poderia ter sido expulso. Fez cinco faltas em dez minutos de partida e acabou substituído.
O auxiliar Caio Mesquita de Almeida marcou impedimento do ataque do Bragantino após cobrança de lateral, o que não existe. "Não vi esse lance, mas vamos analisar", disse o coronel Marcos Marinho, chefe da arbitragem da federação paulista. Ele promete fazer um curso de reciclagem aos árbitros que cometerem falhas.
O Corinthians achou seu gol quando a bola sobrou para Lulinha e ele tocou na saída de Gléguer, aos 31min.
Na etapa final, ele voltou bem marcado por Mário. O Bragantino pressionou e, logo aos 4min, em bobeada da defesa alvinegra, Da Silva empatou. Os corintianos pediram impedimento, que não existiu.
Lulinha saiu, Acosta entrou. Os corintianos pioraram em campo. Mano desfez o esquema com três zagueiros ao trocar Carlão para por Marcel.
Em mais um erro da arbitragem, Acosta fez falta em César, mas o árbitro marcou infração do atleta do Bragantino, que já tinha amarelo e foi expulso.


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