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lista de espera
Brasil só fechou 10% das vagas do Pan
A menos de 4 meses do início dos Jogos, estão indefinidos mais de 600 nomes da maior delegação do país na história
Seletivas complicadas, torneios classificatórios nas vésperas da competição e até indefinição sobre as regras emperram processo
LUÍS FERRARI
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é só nos canteiros de
obras, a pouco menos de quatro
meses do início do Pan do Rio,
que o Brasil precisa correr.
Apenas 10% dos 699 atletas
do país nos Jogos do Rio, maior
delegação brasileira em um
evento esportivo, já têm participação garantida no torneio.
A complexidade da montagem da equipe -como sede, o
país está classificado para todas
as provas- explica em parte a
indefinição da delegação.
Mas não é a causa única. Processos seletivos complicados
ou contestados por atletas e falta de definição de torneios de
algumas modalidades no Pan
são outros fatores que pesam
para que mais de 600 vagas da
equipe estejam abertas.
Apenas seis confederações
(boliche, caratê, pentatlo moderno, squash, triatlo e vela) já
fecharam o nome de seus representantes. Outras seis (badminton, canoagem, hipismo,
trampolim, tênis de mesa e tiro) divulgaram de forma parcial quem vai representá-las.
O resto (mais de duas dezenas de federações) não anunciou seus competidores.
Em alguns esportes coletivos, é difícil até saber quem pode ser convocado. No basquete,
os times da NBA ameaçam não
liberar seus jogadores. Entre as
mulheres a situação é ainda
pior -elas estarão em atividade
por seus clubes durante o Pan.
No futebol, sobrevive a dúvida sobre a idade dos jogadores
que irão ao torneio.
A definição também promete
muito choro. Esportes como o
boxe montaram equipe fixas
com dois pugilistas por categoria. Um deles será cortado pouco antes do início dos Jogos.
Handebol e beisebol são outras
modalidades que vão deixar
gente pelo caminho.
A demorada escalação da delegação para o Pan não preocupa o Comitê Olímpico Brasileiro. "Os critérios de classificação
e a execução do projeto técnico
são de responsabilidade de cada confederação. São elas que
conhecem a realidade e as especificidades de cada modalidade.
Portanto ninguém melhor do
que as confederações para determinar esses procedimentos", diz Carlos Arthur Nuzman, o presidente do COB.
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