São Paulo, domingo, 18 de março de 2007

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lista de espera

Brasil só fechou 10% das vagas do Pan

A menos de 4 meses do início dos Jogos, estão indefinidos mais de 600 nomes da maior delegação do país na história

Seletivas complicadas, torneios classificatórios nas vésperas da competição e até indefinição sobre as regras emperram processo


LUÍS FERRARI
PAULO COBOS

DA REPORTAGEM LOCAL Não é só nos canteiros de obras, a pouco menos de quatro meses do início do Pan do Rio, que o Brasil precisa correr.
Apenas 10% dos 699 atletas do país nos Jogos do Rio, maior delegação brasileira em um evento esportivo, já têm participação garantida no torneio.
A complexidade da montagem da equipe -como sede, o país está classificado para todas as provas- explica em parte a indefinição da delegação.
Mas não é a causa única. Processos seletivos complicados ou contestados por atletas e falta de definição de torneios de algumas modalidades no Pan são outros fatores que pesam para que mais de 600 vagas da equipe estejam abertas.
Apenas seis confederações (boliche, caratê, pentatlo moderno, squash, triatlo e vela) já fecharam o nome de seus representantes. Outras seis (badminton, canoagem, hipismo, trampolim, tênis de mesa e tiro) divulgaram de forma parcial quem vai representá-las.
O resto (mais de duas dezenas de federações) não anunciou seus competidores.
Em alguns esportes coletivos, é difícil até saber quem pode ser convocado. No basquete, os times da NBA ameaçam não liberar seus jogadores. Entre as mulheres a situação é ainda pior -elas estarão em atividade por seus clubes durante o Pan.
No futebol, sobrevive a dúvida sobre a idade dos jogadores que irão ao torneio.
A definição também promete muito choro. Esportes como o boxe montaram equipe fixas com dois pugilistas por categoria. Um deles será cortado pouco antes do início dos Jogos. Handebol e beisebol são outras modalidades que vão deixar gente pelo caminho.
A demorada escalação da delegação para o Pan não preocupa o Comitê Olímpico Brasileiro. "Os critérios de classificação e a execução do projeto técnico são de responsabilidade de cada confederação. São elas que conhecem a realidade e as especificidades de cada modalidade. Portanto ninguém melhor do que as confederações para determinar esses procedimentos", diz Carlos Arthur Nuzman, o presidente do COB.


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