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Seletiva leva em conta até disciplina
Confederações usam diferentes critérios para a formação de suas equipes, mesclando desempenho e análise subjetiva
Alguns brasileiros que vão competir no Pan irão passar
por classificatórios; outros precisarão apenas do aval de técnicos de seus esportes
DA REPORTAGEM LOCAL
A liberdade garantida pelo
Comitê Olímpico Brasileiro para cada confederação estipular
seus métodos particulares do
qualificatório para os Jogos
Pan-Americanos gerou um verdadeiro vale-tudo de critérios.
Há entidades que consideram apenas o desempenho e
outras que conjugam marcas e
opiniões dos treinadores.
O grau de arbitrariedade dos
cartolas também variou. A confederação de triatlo, por exemplo, terceirizou a incumbência
de traçar as regras.
"Deixamos a critério dos técnicos dos principais atletas a
definição das provas qualificatórias. Em outras palavras, foram os competidores que escolheram os eventos que serviriam para levá-los ao Pan", conta José Reinaldo Lima, o vice-presidente da Confederação
Brasileira de Triatlo.
Nesse mosaico de critérios,
há até quem ainda não sabe sequer quantos atletas poderá
inscrever nos Jogos do Rio, caso do tênis, que aguarda a Odepa (entidade que comanda o
movimento olímpico nas Américas) definir o formato do torneio para traçar o qualificatório
brasileiro -a expectativa é fazer isso nesta semana.
Até mesmo quem acredita
estar com vaga assegurada pode deixar a delegação, caso dos
caratecas. "Os nove anunciados
estão 80% garantidos. Se cometerem atos de indisciplina, faltarem aos treinos ou tiverem
dificuldade em manter os pesos, serão cortados", diz Edgar
Ferraz de Oliveira, presidente
da confederação de caratê.
Na seletiva dessa modalidade, os dois atletas que haviam
avançado até a fase final acabaram cortados pelos técnicos,
que chamaram um terceiro.
A única modalidade de combate que oporá os postulantes
para definir o time é a luta
olímpica. As demais -além do
caratê, judô, taekwondo e boxe- selecionaram dois competidores por classe de peso e terão os titulares no Pan definidos pelas comissões técnicas, a
partir do desempenho em treinos e competições neste ano.
No tênis de mesa, o sistema
foi parecido. Uma seletiva definiu dois nomes -Hugo Hoyama e Lígia Silva. Agora, outros
seis atletas (três de cada gênero) disputam outras quatro vagas, que serão preenchidas por
indicação dos técnicos.
Em maio, quando saírem os
quatro nomes que faltam, a
confederação também deve informar quem serão os atletas
que jogarão apenas em duplas
no torneio por equipes.
Já no squash, a definição dos
quatro jogadores que entrarão
no torneio individual será só na
data da abertura do Pan.
"A definição dos dois nomes
que jogarão o individual será
apenas no congresso técnico
dos Jogos, no dia 13 de julho",
explica o coordenador do Pan-2007 da confederação de
squash, Nelson Neto, cuja entidade já selecionou os nomes
dos três titulares e do reserva
de cada gênero.
O ciclismo tem um longo
processo. Primeiro, os interessados serão observados, "física
e tecnicamente", em treinos
marcados para o Paraná. Alguns serão indicados para a
realização de seletivas.
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(LUÍS FERRARI E PAULO COBOS)
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