São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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Calendário alivia dor da Ferrari

Após duas quebras de motor, escuderia quer recuperação imediata no domingo, no GP da Malásia

Na estréia em Melbourne, Hamilton venceu sem ser incomodado; em 2007, McLaren largou mal e deu o troco na segunda corrida


TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MELBOURNE

Frustrados e atônitos com o péssimo início de temporada, os passionais ferraristas conseguiram encontrar ao menos um motivo para festejar: a proximidade da segunda etapa do Mundial de F-1, que acontece já neste domingo, na Malásia.
"Foi um começo ruim, como os dirigentes da escuderia admitiram, mas, pelo lado positivo, só temos que esperar uma semana para tentar novamente em Sepang", comemora a Ferrari em seu site oficial.
"Já conseguimos superar situações que pareciam impossíveis em momentos muito mais críticos do campeonato, por isso podemos dizer que estamos desapontados, mas não deprimidos", afirma o texto.
Melodramas à parte, o time italiano tem motivos para estar decepcionado com o resultado do GP da Austrália, anteontem, no qual Lewis Hamilton brilhou sem ser incomodado. Além dos vários erros de Felipe Massa e Kimi Raikkonen, viu os dois pilotos abandonarem com problemas no motor, fato que não ocorria com a escuderia desde o GP da Bélgica-94.
Não fosse a desclassificação de Rubens Barrichello após o fim da prova, o que fez com que Raikkonen "herdasse" um ponto, a Ferrari teria aberto um Mundial sem pontuar pela primeira vez desde 1992 -na ocasião, por coincidência, Jean Alesi e Ivan Capelli não terminaram o GP da África do Sul por problemas nos motores.
Mesmo com o ponto obtido pelo campeão mundial, esse foi o pior início ferrarista desde 1993, quando Gerhard Berger foi o sexto em Kyalami.
"Foi uma dose de humildade, o que será muito saudável para nós", falou Luca di Montezemolo, presidente ferrarista. "Mal posso esperar domingo para ver a verdadeira Ferrari."
O maior motivo de preocupação é com a confiabilidade do F2008, que vinha sendo elogiado justamente por isso. "Potencial a gente sabe que o carro tem, o que não pode é ele continuar quebrando", declarou Felipe Massa após a corrida.
Stefano Domenicali, que assumiu o posto de chefe da equipe no fim de 2007, concorda. "Confiabilidade é elemento fundamental. Terminar corrida com dois motores quebrados não nos dá paz de espírito. Precisamos reagir", afirmou.
O fracasso ferrarista também deixou a McLaren surpresa. "As coisas estavam muito parelhas entre as equipes antes de irmos para a Austrália. Acho que eles não puderam mostrar o verdadeiro potencial em Melbourne", disse Martin Whitmarsh, dirigente do time inglês.
"No ano passado, fomos derrotados de maneira incrível na Austrália, mas, depois, demos o troco na Malásia. Temos que ter certeza de que o inverso não acontecerá", completou.


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