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Calendário alivia dor da Ferrari
Após duas quebras de motor, escuderia quer recuperação imediata no domingo, no GP da Malásia
Na estréia em Melbourne, Hamilton venceu sem ser incomodado; em 2007, McLaren largou mal e deu o troco na segunda corrida
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MELBOURNE
Frustrados e atônitos com o
péssimo início de temporada,
os passionais ferraristas conseguiram encontrar ao menos um
motivo para festejar: a proximidade da segunda etapa do Mundial de F-1, que acontece já neste domingo, na Malásia.
"Foi um começo ruim, como
os dirigentes da escuderia admitiram, mas, pelo lado positivo, só temos que esperar uma
semana para tentar novamente
em Sepang", comemora a Ferrari em seu site oficial.
"Já conseguimos superar situações que pareciam impossíveis em momentos muito mais
críticos do campeonato, por isso podemos dizer que estamos
desapontados, mas não deprimidos", afirma o texto.
Melodramas à parte, o time
italiano tem motivos para estar
decepcionado com o resultado
do GP da Austrália, anteontem,
no qual Lewis Hamilton brilhou sem ser incomodado.
Além dos vários erros de Felipe
Massa e Kimi Raikkonen, viu os
dois pilotos abandonarem com
problemas no motor, fato que
não ocorria com a escuderia
desde o GP da Bélgica-94.
Não fosse a desclassificação
de Rubens Barrichello após o
fim da prova, o que fez com que
Raikkonen "herdasse" um ponto, a Ferrari teria aberto um
Mundial sem pontuar pela primeira vez desde 1992 -na ocasião, por coincidência, Jean
Alesi e Ivan Capelli não terminaram o GP da África do Sul por
problemas nos motores.
Mesmo com o ponto obtido
pelo campeão mundial, esse foi
o pior início ferrarista desde
1993, quando Gerhard Berger
foi o sexto em Kyalami.
"Foi uma dose de humildade,
o que será muito saudável para
nós", falou Luca di Montezemolo, presidente ferrarista.
"Mal posso esperar domingo
para ver a verdadeira Ferrari."
O maior motivo de preocupação é com a confiabilidade do
F2008, que vinha sendo elogiado justamente por isso. "Potencial a gente sabe que o carro
tem, o que não pode é ele continuar quebrando", declarou Felipe Massa após a corrida.
Stefano Domenicali, que assumiu o posto de chefe da equipe no fim de 2007, concorda.
"Confiabilidade é elemento
fundamental. Terminar corrida com dois motores quebrados não nos dá paz de espírito.
Precisamos reagir", afirmou.
O fracasso ferrarista também
deixou a McLaren surpresa.
"As coisas estavam muito parelhas entre as equipes antes de
irmos para a Austrália. Acho
que eles não puderam mostrar
o verdadeiro potencial em Melbourne", disse Martin Whitmarsh, dirigente do time inglês.
"No ano passado, fomos derrotados de maneira incrível na
Austrália, mas, depois, demos o
troco na Malásia. Temos que
ter certeza de que o inverso não
acontecerá", completou.
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