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Candidatura a 2016 pode mudar até educação física
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um olho na candidatura
olímpica a 2016 e outro no alto
rendimento, as escolas formam
um dos alicerces do plano nacional esportivo formulado pelo Ministério do Esporte.
A pasta já discute com o Ministério da Educação alterações no currículo da educação
física escolar para promover a
massificação do esporte e, assim, aumentar a base de onde
saem os atletas de ponta. Cerca
de R$ 30 milhões do orçamento
do Esporte neste ano serão destinados a ações nesse sentido.
""Para Londres ganhar o direito de organizar os Jogos de
2012, foi muito importante o
trabalho que fez nas escolas.
Esse foi um dos pilares da candidatura", declara o ministro
do Esporte, Orlando Silva Jr.
Foi a Youth Sports Trust, instituição sem fins lucrativos formada em 1984 pela união de governo britânico, empresas privadas e setor educativo, a grande responsável pelo processo
de massificação e diversificação da prática esportiva nas escolas do Reino Unido.
Segundo levantamento da
entidade, há sete anos 25% das
escolas proporcionavam uma
hora semanal de educação física. Hoje, 86% delas proporcionam ao menos duas horas semanais da disciplina, com várias modalidades esportivas.
""O Brasil pode aprender com
Londres. Não existe alternativa
para massificar a prática de esporte a não ser associá-lo à educação", reconhece Silva Jr.
O documento, produzido em
conjunto por Esporte e Educação, tentará quantificar a infra-estrutura presente nas escolas.
""Detectamos que metade das
escolas não tem [equipamentos]. Agora queremos garantir
que as escolas não sejam construídas sem eles", explica.
""Até 2016 terão se passado
oito anos. O trabalho que começar agora pode ter efeito."
Outra iniciativa do ministério é a adaptação do programa
social Segunda Tempo às escolas. ""O Segundo Tempo jamais
será um programa que universaliza o esporte no país se não
adentrar a escola. Temos de ter
uma visão mais ampla", argumenta Júlio Filgueira, secretário nacional de Esporte Educacional da pasta do Esporte.
No caso das escolas que não
têm quadras, a idéia é associá-las a áreas esportivas das comunidades ou até a clubes locais.
""Vamos cruzar esporte estudantil com detecção de talentos
para direcionar talentos ao alto
rendimento. Já capacitamos
3.000 profissionais para essa
função e começamos de municípios de menor Ideb [índice
criado pelo MEC a partir das taxas de repetência e notas dos
alunos para estabelecer metas
de melhoria até 2022]."0
(EO)
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