Se vencer o Defensor Sporting, time igualará desempenho de 1972, ano de seu início mais promissor na Libertadores

Elenco são-paulino admite que não conhece rival, mas prega respeito ao adversário uruguaio e espera partida difícil hoje em Montevidéu

CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma vitória diante do Defensor Sporting, hoje, às 21h50, não deixará o São Paulo apenas próximo da classificação para os mata-matas da Libertadores. Isso porque, se triunfar no estádio Centenário, o time ainda igualará uma marca histórica do clube na competição.
Empatados com quatro pontos em dois jogos, São Paulo e Defensor Sporting compartilham a liderança do Grupo 4.
Caso volte ao Brasil com três pontos, a equipe do Morumbi repetirá, 37 anos depois, seu melhor início nas 14 edições de Libertadores em que esteve.
Só em 1972, em sua estreia no torneio continental, o clube somou sete pontos nos três jogos iniciais (levando-se em conta três pontos por vitória), o que pode voltar a ocorrer hoje.
Para o elenco são-paulino, porém, a história pouco importa. O objetivo do time é conquistar os três pontos para se aproximar da classificação para a fase final, com a vantagem de fazer dois dos três últimos jogos da primeira fase no Morumbi. "Se ganharmos, vamos depender de um ou dois pontos para nos classificarmos", disse o zagueiro Rodrigo, que hoje atuará na equipe titular no lugar de André Dias, contundido.
O São Paulo, entretanto, tem dois desafios a superar. O primeiro é que o oponente uruguaio é, antes de tudo, uma incógnita para os jogadores.
"Não conheço o adversário, mas vai ser um jogo difícil como todos os jogos da Libertadores, com muita marcação e pegada", declarou o volante Jean, em discurso repetido por quase todo o elenco do Morumbi.
E, a despeito do Defensor não ser destaque no futebol uruguaio, o que os atletas menos querem é assumir favoritismo. "Só em teoria [o Defensor] é um time pequeno, porque está na Libertadores como a gente e, por isso, tem qualidade", afirmou o atacante Borges.
"Não está fácil nem jogar Paulista, quanto mais Libertadores. Nunca tive jogo fácil no Uruguai", declarou Rogério, que, porém, vê vantagens no local do jogo. "Vamos jogar num estádio que a gente já conhece e que provavelmente não vai estar cheio", disse o capitão.
Somado à falta de familiaridade com o adversário, o segundo problema da equipe são- -paulina são os desfalques. Além do zagueiro André Dias, Zé Luis também não viajou para o Uruguai, devido a um estiramento no cotovelo.
Por isso, o técnico Muricy Ramalho terá que improvisar na lateral direita, já que o reserva da posição, Wagner Diniz, também se recupera de uma fissura no braço. O volante Arouca deve ser o escolhido pelo treinador são-paulino.