São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2011

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Renovação abandona o circuito

TÊNIS
Reta final em Indian Wells escancara falta de caras novas entre os tops no masculino


Gabriel Bouys/FrancePresse
Roger Federer rebate na vitória sobre Ryan Harrison,em foto tirada em velocidade baixa congelada pela luz do flash, no Masters 1.000 de Indian Wells

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

No circuito masculino de tênis, o tempo passa, e quase nada muda. As quartas de final do Masters 1.000 de Indian Wells, que começaram ontem, demonstram bem como o esporte encontra hoje dificuldades para se renovar.
Os nomes de sempre, Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic, estão entre os oito melhores do torneio californiano, assim como os já não pouco rodados Stanislas Wawrinka, Tommy Robredo e Richard Gasquet.
A maior surpresa das oitavas, o croata Ivo Karlovic, é um veterano de 32 anos, que chegou a ser o 14º do mundo e despencou no ranking após contusão no tendão de aquiles que encerrou sua temporada passada em maio.
Ontem, após a conclusão desta edição, o 239º do mundo encararia Nadal, o número 1, por vaga na semifinal.
O argentino Juan Martín del Potro, 22, o mais jovem do top 8 de Indian Wells, tampouco é "novidade". Apesar de estar em uma modesta 90ª posição da lista (fruto de contusão no pulso), faturou um Grand Slam, o Aberto dos EUA, há mais de um ano.
Entre os 20 primeiros do ranking, somente um tem menos de 23 anos. O croata Marin Cilic, 22, responsável pelo feito, é justamente o 20º.
Cilic, que caiu na terceira rodada na Califórnia, nunca conquistou um título de primeiro escalão. Com sua idade, os três melhores do mundo na atualidade já acumulavam feitos expressivos.
Nadal, 24, era um adolescente de 19 anos quando venceu pela primeira vez em Roland Garros. Roger Federer, 29, o número dois do mundo, ganhou Wimbledon aos 21.
E, mesmo vivendo em uma era em que praticamente todos os títulos de importância ficam com a dupla Nadal-Federer, o sérvio Novak Djokovic, 23, faturou o Aberto da Austrália aos 20 anos.
"É difícil comparar uma geração com outra. Todas possuem suas estrelas, e é duro dizer que uma é melhor que a outra", opinou o ucraniano Alex Dolgopolov, 22.
Segundo o número 23 do mundo, uma das raras revelações da temporada, os jovens enfrentam dificuldades para se destacar porque atletas de elite, como Federer, têm conseguido manter a forma física por mais tempo.
Mesmo assim, ele aponta um candidato de sua geração ao topo: o canadense Milos Raonic, 20, 37º do ranking.
O tenista nascido em Montenegro só venceu dois jogos em Indian Wells, mas saltou da 152ª posição para o 37º lugar nos últimos dois meses.


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