São Paulo, quarta-feira, 18 de abril de 2001

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Paixão e gestão atual motivam Nelsinho a ficar

Nelsinho rejeita grandes para ficar no clube

DOS ENVIADOS A CAMPINAS

Ele poderia muito bem hoje estar no comando de São Paulo, Santos ou até Corinthians, mas preferiu o desafio de levar a Ponte Preta ao inédito título paulista.
O técnico Nelsinho Baptista é prata da casa, nascido em Campinas e começou a carreira de jogador nas categorias de base do clube.
Como lateral-direito, defendeu a equipe do interior de 1967 a 1971 e quase foi campeão estadual em 1970. Porém, como atleta, atingiu o auge no São Paulo, onde conquistou o Campeonato Paulista de 1975.
Sua carreira como técnico seguiu trajetória semelhante. Apesar de ter se projetado dirigindo o Novorizontino, em 1990, quando foi vice-campeão paulista, Nelsinho brilhou nos "grandes".
Em 1990, ajudou o Corinthians a ganhar o até então inédito Brasileiro. Sete anos depois, levaria o time do Parque São Jorge a mais um título Paulista. No ano seguinte, só que comandando o São Paulo, foi bicampeão do Estadual.
Rejeitando convites para dirigir Santos e São Paulo no ano passado, Nelsinho não esconde de ninguém que seu principal sonho profissional hoje é dar um título ao seu time de coração.
"É lógico que esse título é especial, até por eu ter iniciado minha carreira no futebol na Ponte Preta, por ser minha cidade natal. Mas ainda é cedo para sonhar."
Ele deixa claro, porém, que não aceitou permanecer só por causa dos fortes laços sentimentais que mantém com o time e a cidade.
"O clube tem que ter uma boa estrutura, uma retaguarda administrativa e material humano de qualidade. A Ponte conseguiu reunir isso", disse Nelsinho, cujo modelo de administração da equipe também o atraiu.
"A Ponte Preta hoje é um dos poucos clubes que são dirigidos como empresa. A mentalidade aqui não é terminar o Paulista e cair no ostracismo de novo."
Líder e único classificado por antecipação para a próxima fase do Estadual, Nelsinho desdenha as variações táticas utilizadas atualmente, como o 3-5-2 e o 3-6-1, por alguns de seus colegas. "Eu acho que os números não adiantam se o treinador não souber aproveitar as características dos jogadores."
"A Ponte é um adversário forte e não deve nada a outras equipes." (EAR e RBU)


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