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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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Geninho treina contra provocação de juízes

MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova preocupação do técnico Geninho é treinar o Corinthians para não se irritar com possíveis provocações dos juízes nas partidas do Campeonato Brasileiro.
O temor maior é que árbitros carreguem atritos de jogos recentes do clube e prejudiquem-no depois. No Nacional, com quatro rodadas, só o time do Parque São Jorge teve dois jogos apitados pelo mesmo juiz, Leonardo Gaciba da Silva, que gerou protestos.
Além disso, todos que apitaram as quatro partidas até agora eram do Sul. Contra o Internacional, no domingo, não será diferente. O confronto será apitado pelo paranaense Héber Roberto Lopes.
Os atletas voltaram ontem do Rio, após o empate com o Vasco (2 a 2), acusando o gaúcho Gaciba de provocá-los. Foi a segunda atuação dele em partidas do clube paulista no Nacional-2003 -ele havia apitado o empate com o Figueirense (3 a 3), o que teria originado o problema anteontem.
Segundo Doni, a provocação ocorreu quando os corintianos protestaram contra o segundo pênalti anotado para o Vasco.
"O juiz disse para o Fabinho que tinha dado uma mãozinha para o Corinthians contra o Figueirense e que dessa vez isso não aconteceria", afirmou Doni, que defendeu o pênalti batido por Marcelinho.
A ajuda teria sido dar acréscimos até o Corinthians conseguir o seu gol de empate, aos 49min.
"Isso deixou todo o time revoltado, nervoso", completou o goleiro, que comemorou a defesa na cobrança do meia-atacante Marcelinho gritando com o juiz.
São reações como a de Doni que Geninho quer impedir no futuro. "Vou falar para os atletas se controlarem, eles não podem entrar nesse tipo de provocação de juiz."
O técnico descartou pedir para a sua diretoria protestar contra a arbitragem, mas criticou Gaciba.
"Primeiro, ele não nos ajudou contra o Figueirense. Pelo contrário, o terceiro gol deles foi num pênalti ridículo que ele deu e mostrou o seu despreparo", afirmou.
O treinador disse esperar que Armando Marques, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, veja os jogos e tome providências em relação aos juízes que cometerem erros graves.
A Folha telefonou ontem para Marques, mas não o encontrou para falar sobre o assunto. Gaciba também não foi localizado.
Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol corintiano, declarou que o clube não irá protestar contra a arbitragem em São Januário. Ele disse ainda que não irá reclamar da repetição de juízes e a escalação de árbitros da mesma região nos jogos de seu time.
Além de um gaúcho, o Corinthians atuou com um catarinense e dois paranaenses em campo.
O medo que Geninho tem de que fatos ocorridos numa partida resultem em atritos em outra do mesmo juiz em jogo do mesmo clube pode acontecer domingo, mas com o seu adversário.
O paranaense Lopes apitou ontem Fluminense e Inter. Assim, trabalhará duas vezes seguidas em partidas dos gaúchos.
O River bateu o Emelec ontem por 2 a 0 e acabou em segundo lugar em sua chave na Libertadores. Assim, será o rival do Corinthians nas oitavas-de-final da Libertadores.


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