São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2005 |
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Brasil delira e ensina a SP como último ato deve ser
Estádios vazios e poucos gols marcam adeus do Paulista no dia em que grito de campeão saiu de forma dramática e com as arquibancadas lotadas nos estaduais da elite da bola
DA REPORTAGEM LOCAL O torcedor paulista dormiu no último dia de seu Campeonato Estadual. Já o resto da elite da bola no país viveu um dia eletrizante. Com o São Paulo já campeão e uma definição de rebaixamento que pode não ter valor por ação do tapetão, o mais poderoso Estado do país viu estádios vazios (os quatro jogos envolvendo os grandes tiveram pouco mais de 10 mil ingressos vendidos), times cheios de reservas e quase 50% menos gols em uma rodada do que a média do resto do certame. Em campo, o União São João se juntou ao grupo de rebaixados, que tinha Inter de Limeira, Sorocaba e União Barbarense. Mas este último pode se salvar caso o tribunal da federação paulista tire 24 pontos do América. O que faltou de emoção no último dia do Paulista de pontos corridos sobrou em outros Estados, que seguem a apostar no mata-mata. E o roteiro dessas finais se transformou em uma arma de marketing para quem defende esse tipo de regulamento. Rio, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul só viram seus campeões serem definidos nos minutos derradeiros de jogos com muita gente nas arquibancadas. Com mais de 60 mil pessoas no Maracanã, o Fluminense fez o gol que lhe deu o título contra o Volta Redonda, na vitória de 3 a 1, já nos acréscimos do confronto. O resultado deu ao clube das Laranjeiras seu 30º Estadual e evitou que pela primeira vez um time do interior ficasse com o caneco. No Mineirão, mais de 50 mil torcedores assistiram à maior zebra do domingo nos estaduais. Fundado há apenas sete anos e com um elenco formado com jogadores emprestados pelo rival, o Ipatinga venceu o Cruzeiro por 2 a 1 e levou o título estadual para o interior do Estado depois de 41 anos de hegemonia dos times de Belo Horizonte (a Caldense foi campeã em 2002, mas numa edição sem grandes). O Cruzeiro pressionou até os minutos finais em busca do gol que lhe daria a taça de campeão, mas falhou e aumentou a fama de eterno vice-campeão que abate Levir Culpi, o seu treinador. Mais fantástica foi a final do Gaúcho, em que o grande levou a melhor sobre o pequeno. O 15 de Novembro de Campo Bom venceu no tempo normal e estendeu o jogo para prorrogação, quando o Internacional venceu por 2 a 1, com os três gols feitos em apenas quatro minutos. No Paraná, a dramaticidade foi ainda maior. No seu estádio, o Atlético-PR ganhou do Coritiba por 1 a 0 e levou a decisão do título para os pênaltis, quando novamente levou a melhor e evitou o tetracampeonato estadual de seu adversário mais tradicional. Outros estaduais também foram decididos ontem. Em Brasília, o Brasiliense ficou o título. Na Bahia, a taça foi para o Vitória. Em Santa Catarina, o novo campeão é o Criciúma. No Ceará, em mais um jogo que foi para a prorrogação, o Fortaleza superou o Icasa e assegurou o título. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Futebol: Finazzi, o tardio, espera por seu lugar na história de SP Índice |
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