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ATLETISMO
Márcia Narloch, 36, e José Telles, 32, terminam prova tática na frente
Veteranos vencem Maratona de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A experiência fez a diferença na
Maratona de São Paulo de 2005.
Entre as mulheres, Márcia Narloch, 36, foi tri com 2h40min39s.
No masculino, o título ficou com
José Telles, 32, que completou os
42.195 m em 2h19min47s.
Por vários fatores (altitude, clima e percurso), a prova é reconhecida como tática -mais do
que um bom tempo, os atletas se
preocupam com a posição.
Em sua volta às maratonas após
a desistência em Atenas-2004,
Narloch chegou quase dois minutos à frente de Sirlene Pinho
(2h42min35s), mas afirmou que a
tranqüilidade foi só aparente.
"Vim sozinha boa parte do tempo, mas a Sirlene impôs um ritmo
forte. Suportei bem", afirmou ela.
Sirlene, 29, tinha a intenção de
correr apenas 25 quilômetros. Como estava se sentindo bem, continuou -foi a primeira vez que
completou uma maratona.
"Nunca mais corro essa prova.
É sofrimento demais", disse ela,
ex-empregada doméstica de seu
atual técnico, Valmir Nunes.
No ano passado, Franck Caldeira, então com 21 anos, viveu episódio semelhante. Ele estava escalado para ditar o ritmo, mas seguiu em frente e foi campeão.
O vencedor de 2004 não completou a prova de ontem e correrá
domingo a Maratona de Pádova
(ITA). Tentará vaga para o Mundial de Helsinque, em agosto.
Além de terminar abaixo do índice (2h18min), é necessário ficar
entre os cinco primeiros do ranking brasileiro para levar a vaga.
José Telles afirmou que o importante em São Paulo é vencer.
Antes, em cinco participações,
havia sido quinto, em 1999 e 2003.
"O tempo não foi excelente, mas
cheguei na frente", disse ele, que
perto do quilômetro final passou
o queniano Benjamin Kiptarus.
O fundista declarou que seu objetivo agora é disputar uma maratona rápida, no exterior.
"Ele gosta muito da Maratona
de Berlim", afirmou Edelson Moreira da Silva, seu técnico. "Lá dá
para fazer uma programação baseada no tempo, não em posição."
Narloch, única brasileira com
índice ao Mundial, ganhou ainda
a disputa paralela com os homens. Pela primeira vez na história da prova, as mulheres largaram 23 minutos antes. A intenção
era que os vencedores terminassem próximos um do outro.
Única brasileira com índice para o Mundial, ela disse que ainda
não sabe se vai competir na Finlândia, mas seu técnico, Jorge
Oliveira, o Filé, disse que ela deve
correr em agosto. "Até lá dá tempo de fazer a preparação."
Outro brasileiro com índice para disputar o Mundial foi uma das
atrações no Ibirapuera, local da
largada e chegada da maratona,
mas não correu ontem.
Vanderlei Cordeiro de Lima,
bronze em Atenas-2004, deu o tiro de largada, recebeu os campeões e premiou Telles. "Acho
que virei celebridade", afirmou
ele, que venceu a prova em 2002 e
foi muito assediado para tirar fotos e dar autógrafos.
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