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Vira-casacas de Rio e Osasco fazem final da Superliga
Seis titulares das duas equipes, que disputam sexto nacional consecutivo, já defenderam o rival em decisões passadas
Time paulista, que conta com três jogadoras que já estiveram do outro lado da quadra, tenta reverter, em casa, histórico de derrotas
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
As duas maiores potências do
vôlei feminino fazem hoje, às
9h45, a final da Superliga de vôlei pela sexta vez seguida. Naturalmente. Mais natural que isso
é o fato de que tanto Rio quanto
Osasco costumam concorrer
no mercado pela contratação
das melhores jogadoras do país.
E é justamente por conta
desse duelo que as duas equipes
possuem, em seus elencos, atletas que já tiveram passagens
pelo time rival no passado.
Entre as vira-casacas, são
três titulares para cada lado. A
central Carol Gattaz, a levantadora Dani Lins e a ponta Érika,
que já defenderam o time paulista, vestem hoje a camisa do
Rio. Já a central Thaísa e as
pontas Sassá e Jaqueline cruzaram a Dutra no sentido inverso
e hoje defendem o Osasco.
As trocas mais recentes ocorreram antes do início da última
temporada, quando Thaísa e
Sassá, campeãs em 2008 pelo
Rio, foram transferidas para o
Osasco. Mesmo fortalecido em
2009, o time paulista acabou
sucumbindo mais uma vez. Foi
a quarta derrota seguida em finais para a equipe comandada
pelo treinador Bernardinho.
"Quando perdemos Thaísa e
Sassá há dois anos, tínhamos
muitas dúvidas se conseguiríamos vencer o campeonato porque elas eram jogadoras fundamentais. Eles [do Osasco] não
só se fortaleceram muito como
nos enfraqueceram muito.
Acho que elas saíram [do Rio]
no intuito de vencer o campeonato, mas nós conseguimos ganhar", relembra Bernardinho.
"Devido à derrota do ano passado, acho que elas vêm mais
mordidas para esta final. Elas
têm uma motivação enorme
para mudar uma história recente", complementa o técnico.
Tetracampeã pelo Rio e vice
em 2009 pelo Osasco, Sassá sabe bem que, devido ao equilíbrio técnico entre as duas equipes, toda informação sobre o
adversário pode ser vantajosa.
"O Rio é um time que conheço bastante. Sempre procuro
passar algumas informações
técnicas para as meninas, como
a característica das jogadoras
que conheço mais", afirma a
atacante do Osasco.
"Digo, por exemplo, onde a
Regiane ataca com mais frequência. Pequenas informações podem decidir o título."
Já Érika, do Rio, minimiza as
informações adquiridas no
tempo em que defendeu o
Osasco, onde permaneceu até
2005. Afinal, era uma outra
época, um outro técnico. Mas
ela se vangloria pelo fato de ter
erguido a última taça nacional
conquistada pelo time paulista.
"Acho que eu sou o trunfo",
brinca a ponteira, formada pelo
time de Bernardinho, originalmente baseado em Curitiba.
Em seu retorno à equipe, voltou a se sagrar campeã.
Com tantas idas e vindas, as
atletas se consideram mais
amigas do que rivais. Ainda
mais pelo fato de que todas as
seis já defenderam uma mesma
camisa: a da seleção brasileira.
"São as pessoas que falam de
rivalidade. Somos todas amigas. Mas é claro que, dentro de
quadra, é cada um por si", afirma a levantadora Dani Lins.
Para ela, o fato de a decisão
ser disputada no Ibirapuera,
em São Paulo, pode dar uma
vantagem às rivais -ou amigas.
NA TV - Osasco x Rio de Janeiro
Globo e Sportv, ao vivo, às 9h45
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