São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010

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Vira-casacas de Rio e Osasco fazem final da Superliga

Seis titulares das duas equipes, que disputam sexto nacional consecutivo, já defenderam o rival em decisões passadas

Time paulista, que conta com três jogadoras que já estiveram do outro lado da quadra, tenta reverter, em casa, histórico de derrotas

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas maiores potências do vôlei feminino fazem hoje, às 9h45, a final da Superliga de vôlei pela sexta vez seguida. Naturalmente. Mais natural que isso é o fato de que tanto Rio quanto Osasco costumam concorrer no mercado pela contratação das melhores jogadoras do país.
E é justamente por conta desse duelo que as duas equipes possuem, em seus elencos, atletas que já tiveram passagens pelo time rival no passado.
Entre as vira-casacas, são três titulares para cada lado. A central Carol Gattaz, a levantadora Dani Lins e a ponta Érika, que já defenderam o time paulista, vestem hoje a camisa do Rio. Já a central Thaísa e as pontas Sassá e Jaqueline cruzaram a Dutra no sentido inverso e hoje defendem o Osasco.
As trocas mais recentes ocorreram antes do início da última temporada, quando Thaísa e Sassá, campeãs em 2008 pelo Rio, foram transferidas para o Osasco. Mesmo fortalecido em 2009, o time paulista acabou sucumbindo mais uma vez. Foi a quarta derrota seguida em finais para a equipe comandada pelo treinador Bernardinho.
"Quando perdemos Thaísa e Sassá há dois anos, tínhamos muitas dúvidas se conseguiríamos vencer o campeonato porque elas eram jogadoras fundamentais. Eles [do Osasco] não só se fortaleceram muito como nos enfraqueceram muito. Acho que elas saíram [do Rio] no intuito de vencer o campeonato, mas nós conseguimos ganhar", relembra Bernardinho.
"Devido à derrota do ano passado, acho que elas vêm mais mordidas para esta final. Elas têm uma motivação enorme para mudar uma história recente", complementa o técnico.
Tetracampeã pelo Rio e vice em 2009 pelo Osasco, Sassá sabe bem que, devido ao equilíbrio técnico entre as duas equipes, toda informação sobre o adversário pode ser vantajosa.
"O Rio é um time que conheço bastante. Sempre procuro passar algumas informações técnicas para as meninas, como a característica das jogadoras que conheço mais", afirma a atacante do Osasco.
"Digo, por exemplo, onde a Regiane ataca com mais frequência. Pequenas informações podem decidir o título."
Já Érika, do Rio, minimiza as informações adquiridas no tempo em que defendeu o Osasco, onde permaneceu até 2005. Afinal, era uma outra época, um outro técnico. Mas ela se vangloria pelo fato de ter erguido a última taça nacional conquistada pelo time paulista.
"Acho que eu sou o trunfo", brinca a ponteira, formada pelo time de Bernardinho, originalmente baseado em Curitiba. Em seu retorno à equipe, voltou a se sagrar campeã.
Com tantas idas e vindas, as atletas se consideram mais amigas do que rivais. Ainda mais pelo fato de que todas as seis já defenderam uma mesma camisa: a da seleção brasileira.
"São as pessoas que falam de rivalidade. Somos todas amigas. Mas é claro que, dentro de quadra, é cada um por si", afirma a levantadora Dani Lins.
Para ela, o fato de a decisão ser disputada no Ibirapuera, em São Paulo, pode dar uma vantagem às rivais -ou amigas.


NA TV - Osasco x Rio de Janeiro
Globo e Sportv, ao vivo, às 9h45



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