São Paulo, Domingo, 18 de Abril de 1999
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VÔLEI
Equipe lidera em 2 a 0 a série decisiva e enfrenta o Rexona em Curitiba
Uniban tenta conquistar hoje título inédito na Superliga

da Reportagem Local

A Uniban, de São Bernardo, pode alcançar hoje seu inédito título na Superliga feminina de vôlei.
Em vantagem de 2 a 0, na série melhor de cinco, enfrenta o atual campeão Rexona, hoje, às 14h, no ginásio do Tarumã, em Curitiba. Na última partida, na quinta-feira, o time paulista venceu por 3 a 2.
Pela segunda vez, a Uniban chega a uma final: em 96/97, ano em que estreava na competição, foi batida pelo Leites Nestlé.
Com a equipe de maior média de idade da competição (27,6 anos, contra 24 anos das paranaenses), venceu o primeiro turno -o que lhe deu direito de ingressar direto nas semifinais, quando bateu a UnG, de Ana Moser, por 3 jogos a 0. No total, obteve 23 vitórias e 5 derrotas no torneio.
Dirigido por Bernardinho, técnico da seleção brasileira, o Rexona perdeu apenas um jogo na primeira fase -justamente para a Uniban, o que lhe custou o turno. Vencedor da etapa seguinte, também garantiu a vaga nas semifinais, eliminando o Leites Nestlé em 3 a 1. Ao todo, 24 vitórias e 4 derrotas.
Além de contar com a experiência de Virna, Fofão e Janina, da seleção, mais Ida, bronze em Atlanta-96, o técnico William Carvalho atribui a performance do time nas duas finais à aplicação tática.
""A obediência delas tem sido fundamental. Conseguimos transpor para o jogo tudo o que fazemos nos treinos e na sessões com os vídeos dos confrontos anteriores", diz o técnico.
Contrariado com a comemoração do time adversário no segundo jogo, o rival Bernardinho retrucou afirmando que ""a guerra ainda não acabou". Até aquele momento, o Rexona não havia perdido em seu ginásio na temporada.
""Está tudo certo, as jogadoras estão bem e sabem que precisamos vencer", disse Bernardinho. ""Tenho confiança em meu time."
A sua disposição estarão a levantadora Fernanda Venturini, a líbero Sandra e Érika, suas companheiras da seleção quarta colocada no Mundial do Japão, em 98.
Se voltarem a atuar como nas duas finais, será visto hoje um duelo entre o bloqueio pesado de Janina e Taty, ambas com 1,96 m, da Uniban, contra o vigor físico de Érika, 1,80 m, e Elisângela, 1,84 m -na quinta, foram autoras, respectivamente, de 22 e 23 pontos.
No time paulista, Virna novamente deve responder pelas principais jogadas de ataque -marcou 19 pontos na quinta-feira. Somados os dois jogos, a atacante aparece com 34 pontos, seguida por Elisângela, do Rexona, com 32.
Determinantes também poderão ser os erros: na última partida, a Uniban cedeu 33 pontos. As paranaenses retribuíram com 25.
""Em alguns momentos, a equipe errou muito. Isso tem que ser corrigido", admitiu William.
Ele ainda tem que lidar com os problemas físicos da meio-de-rede Ida, 34, que ressente de um inchaço no joelho direito. ""Não é nada tão grave. Ela vai poder jogar normalmente", disse o técnico.
Em caso de vitória do Rexona, a quarta partida ocorrerá na quinta-feira, com mando de jogo do time paulista. A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) ainda não determinou o local.
O ginásio do Baetão, em São Bernardo (SP), que abrigou o primeiro confronto, foi vetado por não poder abrigar mais do que 1.500 torcedores. Uma quinta partida ocorreria novamente em Curitiba, no próximo domingo.
Nesse caso, a melhor campanha na temporada regular favorece à equipe paranaense.

NA TV - Rexona x Uniban, ao vivo, às 14h, na Bandeirantes


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