São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2011 |
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sobrevivente Enquanto seus rivais sucumbem dentro e fora de campo, Santos supera ou abafa crises, ergue taça e decide hoje lugar nas semifinais da Libertadores LEONARDO LOURENÇO DE SÃO PAULO Assim como seus principais adversários no Estado, o Santos teve momentos de turbulência neste ano, dentro e fora de campo. Mas, diferentemente dos rivais, contornou os problemas até aqui, venceu o Paulista e hoje luta por um lugar nas semifinais da Libertadores, contra o Once Caldas, às 22h, no Pacaembu. Corinthians, Palmeiras e São Paulo sucumbiram à crise no primeiro semestre, caíram nos torneios mais importantes e viram seus centros de treinamento se tornarem palco de protestos da torcida. Os dois primeiros sofreram derrotas vexaminosas, para Tolima, na Libertadores, e Coritiba, na Copa do Brasil. O time do Morumbi foi eliminado pelo Avaí na competição nacional e viu seu técnico ser verbalmente atacado por dirigentes e jogadores, mas mantido no comando. Não que o Santos não tenha tido percalços nestes cinco primeiros meses de 2011. Trocou de treinador duas vezes, ficou a um empate de cair na Libertadores e tem seu camisa 10 como protagonista de um das mais estafantes novelas do futebol brasileiro nesta temporada. Mas Paulo Henrique Ganso ainda não foi embora, Muricy Ramalho foi contratado, e o clube não só venceu o Estadual como tem uma missão relativamente tranquila nesta noite para se classificar nas quartas de final da competição continental. O Santos tem a possibilidade de empatar com o Once Caldas no Pacaembu, já que venceu por 1 a 0, na semana passada, na Colômbia. A virada santista no ano coincide com a chegada de Muricy à Vila Belmiro. Até então, a falta de comando fazia o time oscilar demais dentro de campo e permitia a profusão de boatos sobre a negociação entre Ganso e o clube por um novo contrato. Muricy, porém, crê que os problemas são normais e divide os méritos de seu trabalho com seus antecessores. "Foi tudo bem feito pelo Adilson [Batista] e pelo Marcelo [Martelotte]. É um time jovem, que oscila", disse. "Aí o que faz a diferença é a experiência. O jogador, quando vê um técnico de bom currículo no banco, respeita." Do lado de fora, a atuação de Muricy foi mais discreta. Ele conversou reservadamente com Ganso e pediu ao jogador que deixasse as questões extracampo nas mãos de seus procuradores. Não foi atendido plenamente, mas o bom momento do Santos em campo colaborou para diminuir as especulações, ainda que não tenha acabado com todas elas. Anteontem, durante a festa de premiação do Campeonato Paulista, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro voltou a admitir a possibilidade de sua estrela deixar o time após a participação santista na Libertadores. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Equipe estuda eliminação do Cruzeiro para evitar surpresa Índice | Comunicar Erros |
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