São Paulo, segunda-feira, 18 de junho de 2007

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chave do sucesso

Na base da bola parada, Bota dispara

Líder, clube carioca marcou 56% de seus gols em jogadas desse tipo, muito acima da média do Campeonato Brasileiro

Alvinegro carioca supera o Náutico e, beneficiado por tropeços de concorrentes, abre 5 pontos de vantagem sobre o segundo colocado


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Botafogo disparou na liderança do Brasileiro-07. Abriu, com um jogo a mais, cinco pontos de vantagem sobre o Corinthians, o vice-líder, depois da rodada do final de semana.
Elogiado por seu futebol ofensivo, o time carioca tem, na verdade, a bola parada, o mantra de teóricos defensivos como Carlos Alberto Parreira, como explicação do seu sucesso.
Prova disso aconteceu ontem, na vitória sobre o Náutico, por 3 a 1, no Maracanã. O primeiro gol aconteceu numa cobrança de falta. O autor foi o zagueiro Juninho, que já marcou quatro vezes no Nacional, marca só superada na competição pelo paranista Josiel e por Dodô, seu companheiro de time.
Dos 18 gols feitos pelo time até agora, 10, segundo levantamento do Datafolha, foram em lances de bola parada -ninguém balançou tanto as redes assim. E isso mesmo seu um mísero gol em cobrança de pênalti de forma direta (Dodô marcou uma vez em rebote depois de uma cobrança e desperdiçou outra no jogo de ontem).
A participação de 56% das bolas paradas na artilharia botafoguense fica muito acima do que acontece no Brasileiro como um todo. Antes da rodada desse final de semana, e excetuando os jogos do Botafogo, 36% dos tentos aconteceram em lances de pênaltis, faltas e cobranças de escanteios.
Além da precisão na bola parada, os cariocas contaram com a incompetência dos mais próximos perseguidores.
No sábado, o Corinthians, num Morumbi com 35 mil torcedores presentes, ficou no 0 a 0 com o Paraná, terceiro colocado. Ontem, o Vasco, que estava no topo no final de semana passado, perdeu para o São Paulo e caiu para o quinto posto, superado pelo Atlético-MG, que goleou o Figueirense.
Assim como o São Paulo, que não sentiu as ausências de Alex Silva e Josué na seleção brasileira e subiu para o sexto lugar, o Santos se recuperou mesmo sem o lateral-esquerdo Kléber, outro convocado por Dunga.
Com Serginho Chulapa substituindo Vanderlei Luxemburgo, que se recupera de cirurgia (apendicite), o time do litoral ganhou do Juventude por 2 a 0 e deixou a zona do rebaixamento -estão nela agora o carioca Flamengo e os nordestinos América-RN, Náutico e Sport.


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