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chave do sucesso
Na base da bola parada, Bota dispara
Líder, clube carioca marcou 56% de seus gols em jogadas desse tipo, muito acima da média do Campeonato Brasileiro
Alvinegro carioca supera o
Náutico e, beneficiado por
tropeços de concorrentes,
abre 5 pontos de vantagem
sobre o segundo colocado
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Botafogo disparou na liderança do Brasileiro-07. Abriu,
com um jogo a mais, cinco pontos de vantagem sobre o Corinthians, o vice-líder, depois da
rodada do final de semana.
Elogiado por seu futebol
ofensivo, o time carioca tem, na
verdade, a bola parada, o mantra de teóricos defensivos como
Carlos Alberto Parreira, como
explicação do seu sucesso.
Prova disso aconteceu ontem, na vitória sobre o Náutico,
por 3 a 1, no Maracanã. O primeiro gol aconteceu numa cobrança de falta. O autor foi o zagueiro Juninho, que já marcou
quatro vezes no Nacional, marca só superada na competição
pelo paranista Josiel e por Dodô, seu companheiro de time.
Dos 18 gols feitos pelo time
até agora, 10, segundo levantamento do Datafolha, foram em
lances de bola parada -ninguém balançou tanto as redes
assim. E isso mesmo seu um
mísero gol em cobrança de pênalti de forma direta (Dodô
marcou uma vez em rebote depois de uma cobrança e desperdiçou outra no jogo de ontem).
A participação de 56% das
bolas paradas na artilharia botafoguense fica muito acima do
que acontece no Brasileiro como um todo. Antes da rodada
desse final de semana, e excetuando os jogos do Botafogo,
36% dos tentos aconteceram
em lances de pênaltis, faltas e
cobranças de escanteios.
Além da precisão na bola parada, os cariocas contaram com
a incompetência dos mais próximos perseguidores.
No sábado, o Corinthians,
num Morumbi com 35 mil torcedores presentes, ficou no 0 a
0 com o Paraná, terceiro colocado. Ontem, o Vasco, que estava no topo no final de semana
passado, perdeu para o São
Paulo e caiu para o quinto posto, superado pelo Atlético-MG,
que goleou o Figueirense.
Assim como o São Paulo, que
não sentiu as ausências de Alex
Silva e Josué na seleção brasileira e subiu para o sexto lugar,
o Santos se recuperou mesmo
sem o lateral-esquerdo Kléber,
outro convocado por Dunga.
Com Serginho Chulapa substituindo Vanderlei Luxemburgo, que se recupera de cirurgia
(apendicite), o time do litoral
ganhou do Juventude por 2 a 0
e deixou a zona do rebaixamento -estão nela agora o carioca
Flamengo e os nordestinos
América-RN, Náutico e Sport.
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