São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009

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Rio-16 fala pouco e comemora muito

Candidatura brasileira, que aposta em economia e bossa nova, é a menos questionada em sabatina do COI na Suíça

Presidente do Banco Central tenta mostrar estabilidade econômica, e dirigentes se esforçam para dizer que Copa-2014 será um trunfo


SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A LAUSANNE

Menos questionada das quatro candidaturas, a do Rio apostou ontem na retomada da economia, na bossa nova e no ineditismo do continente para tentar convencer os integrantes do Comitê Olímpico Internacional que vão escolher a sede da Olimpíada de 2016.
Em 90 minutos de apresentação ontem, em Lausanne (Suíça), os brasileiros receberam perguntas só de dez membros do COI. Além do Rio, Madri, Chicago e Tóquio disputam o direito de abrigar o evento.
Madri foi a segunda cidade menos inquirida, com 12 perguntas. As outras duas receberam mais de 20 perguntas. ""Fomos bem recebidos, e espero que [o pouco número de perguntas] seja bom sinal", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente Comitê Olímpico Brasileiro. O número de questões foi passado por integrantes do COI e confirmado pelas cidades.
A sabatina no auditório do Museu Olímpico foi fechada. Só os eleitores participaram. ""Eu me senti bastante confortável. Mostramos que nossa situação econômica é diferente de anos anteriores e que enfrentamos a crise de uma forma muito melhor do que outros", afirmou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O Rio é a mais cara candidatura -divulgou um gasto de R$ 28,8 bilhões. A maior parte virá dos cofres dos governos.
Os membros do COI também perguntaram sobre a Copa-14. Queriam saber se o evento, no Brasil, atrapalharia a Rio-16.
""Mostramos que haverá conectividade com os projetos. Vamos ser beneficiados com algumas obras de infraestrutura e instalações", disse Carlos Roberto Osório, secretário-geral da candidatura brasileira.
Também surgiram perguntas sobre trânsito, meio ambiente e economia. Nenhuma sobre segurança pública, um dos pontos fracos do Rio.
""Fizemos um trabalho excelente e sentimos o retorno. Foi uma apresentação cheia de charme e bossa nova", falou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou vídeo de apoio. Só Chicago não mostrou mensagem do presidente.
A Rio-2016 foi aplaudida duas vezes: ao exibir mapa do planeta e mostrar que América do Sul e África nunca sediaram os Jogos e no final, como as rivais. ""Não deixamos pergunta sem resposta", disse Nuzman.


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