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França cai e se aproxima de vexame
Time perde do México e espera por um milagre para não ser eliminado
França 0
México 2
Hernández, aos 19min, e Blanco, aos
34min do 2º tempo
JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A POLOKWANE
Empurrado por sua entusiástica torcida, que ignorou
o clima gélido de Polokwane,
o México venceu ontem pela
primeira vez a França em
uma Copa do Mundo.
Com os 2 a 0, os mexicanos
ficam mais próximos da classificação para as oitavas, e os
franceses dependem de uma
combinação improvável de
resultados na última rodada
para continuar no torneio.
Questionado sobre o que
resta à França agora, o meia
Malouda foi curto e grosso:
"Salvar nossa honra". E
acrescentou: "Não é possível
que saiamos do Mundial sem
vencer uma partida".
Num tom parecido, o técnico Raymond Domenech,
declarou: "É uma grande decepção para quem acreditou
em nós. Resta um jogo. Vamos jogar pela honra e esperar por um milagre. Precisávamos de um empate para
depender só de nós na última
rodada, mas falhamos".
As estatísticas mostram
um jogo equilibrado, com
53% de posse de bola para a
França, que chutou 13 bolas a
gol, contra 12 do México. Mas
desde o início os mexicanos
se mostraram mais incisivos.
Logo aos 2min, Giovani
chutou uma bola na trave. A
falta de gols ameaçava os
mexicanos com o fantasma
do que ocorreu na partida de
estreia, em que o time criou
muitas chances contra a África do Sul e não as converteu.
"Após os 3 a 0 do Uruguai
sobre a África do Sul, sabíamos que, para continuar na
briga, tínhamos que vencer",
disse depois do jogo o técnico
do México, Javier Aguirre.
Segundo ele, a equipe viu
o vídeo do empate na estreia
para detectar e corrigir problemas. "Pedi que Giovani e
Franco fossem mais objetivos, passando mais a bola."
No segundo tempo, depois
de um esboço de pressão da
França, aos 19min, Hernández invadiu sozinho a área
-estava impedido, e a defesa
francesa parou no lance-,
driblou o goleiro e abriu o
placar. O jogador mexicano
acabaria eleito "o homem do
jogo" na enquete realizada
pela Fifa após a partida.
Quinze minutos depois,
Barrera invadiu a área e foi
derrubado por Abidal. Pênalti que o veterano Blanco
transformou em golpe de misericórdia contra a França
batendo rasteiro no canto.
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