São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2010

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França cai e se aproxima de vexame

Time perde do México e espera por um milagre para não ser eliminado

França 0
México 2
Hernández, aos 19min, e Blanco, aos 34min do 2º tempo

JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A POLOKWANE

Empurrado por sua entusiástica torcida, que ignorou o clima gélido de Polokwane, o México venceu ontem pela primeira vez a França em uma Copa do Mundo.
Com os 2 a 0, os mexicanos ficam mais próximos da classificação para as oitavas, e os franceses dependem de uma combinação improvável de resultados na última rodada para continuar no torneio.
Questionado sobre o que resta à França agora, o meia Malouda foi curto e grosso: "Salvar nossa honra". E acrescentou: "Não é possível que saiamos do Mundial sem vencer uma partida".
Num tom parecido, o técnico Raymond Domenech, declarou: "É uma grande decepção para quem acreditou em nós. Resta um jogo. Vamos jogar pela honra e esperar por um milagre. Precisávamos de um empate para depender só de nós na última rodada, mas falhamos".
As estatísticas mostram um jogo equilibrado, com 53% de posse de bola para a França, que chutou 13 bolas a gol, contra 12 do México. Mas desde o início os mexicanos se mostraram mais incisivos.
Logo aos 2min, Giovani chutou uma bola na trave. A falta de gols ameaçava os mexicanos com o fantasma do que ocorreu na partida de estreia, em que o time criou muitas chances contra a África do Sul e não as converteu.
"Após os 3 a 0 do Uruguai sobre a África do Sul, sabíamos que, para continuar na briga, tínhamos que vencer", disse depois do jogo o técnico do México, Javier Aguirre.
Segundo ele, a equipe viu o vídeo do empate na estreia para detectar e corrigir problemas. "Pedi que Giovani e Franco fossem mais objetivos, passando mais a bola."
No segundo tempo, depois de um esboço de pressão da França, aos 19min, Hernández invadiu sozinho a área -estava impedido, e a defesa francesa parou no lance-, driblou o goleiro e abriu o placar. O jogador mexicano acabaria eleito "o homem do jogo" na enquete realizada pela Fifa após a partida.
Quinze minutos depois, Barrera invadiu a área e foi derrubado por Abidal. Pênalti que o veterano Blanco transformou em golpe de misericórdia contra a França batendo rasteiro no canto.


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