São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2010

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EUA mostram, na África do Sul, seu avanço pela Europa

Número de "europeus" do time americano sobe de 12 para 17 desde a última Copa

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O futebol ainda está muito longe de ser o esporte número um dos Estados Unidos.
Mas a geografia da seleção norte-americana mostra o quanto o "soccer" está ultrapassando suas fronteiras.
Dos 23 convocados dos EUA, que hoje enfrentam a Eslovênia pelo Grupo C, 17 atuam por clubes da Europa.
Na Copa de 2006, apenas 12 atletas jogavam por clubes do velho continente.
Destes 17, oito pertencem a clubes ingleses. Atuando na MLS, a liga americana, são apenas quatro. Entre eles, está o atacante Landon Donovan, principal jogador da equipe, que hoje defende o Los Angeles Galaxy, mas estava emprestado ao Everton.
Outros nomes da seleção americana também se destacam na Europa. O goleiro Howard, do Everton, foi eleito o melhor goleiro da Copa das Confederações, no ano passado. Há, ainda, o zagueiro-galã Carlos Bocanegra, que defende o Rennes, da França, e o zagueiro Oguchi Onyewu, hoje reserva do Milan.
Ou seja: a seleção norte-americana deixou de ser um amontoado de jogadores pinçados dos confins de sua desconhecida liga nacional.
Hoje, buscará uma vitória que não vem desde a Copa de 2002, quando chegou às quartas de final -seu melhor desempenho desde o Mundial de 1930. Depois de empatar com a Inglaterra na estreia (1 a 1), os EUA passaram a admitir a possibilidade de ir longe no Mundial da África.
"É uma final para nós", diz Donovan. "Se empatarmos, ainda estaremos vivos no Mundial. Mas, se perdermos, teremos poucas chances de avançar. Portanto será o maior jogo que já disputamos", definiu o principal jogador do elenco.
E enfrentarão simplesmente a seleção líder do grupo. A Eslovênia bateu a Argélia na primeira rodada (1 a 0) e pode até se classificar caso vença os americanos. Com tanto otimismo, eles até projetam um duelo com os alemães nas oitavas de final. "Muitas pessoas na Alemanha pensavam que nós perderíamos os três jogos", disse o volante Robert Koren.


Colaborou MARIANA BASTOS, de São Paulo

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