|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA mostram, na África do Sul, seu avanço pela Europa
Número de "europeus" do time americano sobe de 12 para 17 desde a última Copa
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
O futebol ainda está muito
longe de ser o esporte número um dos Estados Unidos.
Mas a geografia da seleção
norte-americana mostra o
quanto o "soccer" está ultrapassando suas fronteiras.
Dos 23 convocados dos
EUA, que hoje enfrentam a
Eslovênia pelo Grupo C, 17
atuam por clubes da Europa.
Na Copa de 2006, apenas 12 atletas jogavam por clubes do velho continente.
Destes 17, oito pertencem a
clubes ingleses. Atuando na
MLS, a liga americana, são
apenas quatro. Entre eles, está o atacante Landon Donovan, principal jogador da
equipe, que hoje defende o
Los Angeles Galaxy, mas estava emprestado ao Everton.
Outros nomes da seleção
americana também se destacam na Europa. O goleiro Howard, do Everton, foi eleito o
melhor goleiro da Copa das
Confederações, no ano passado. Há, ainda, o zagueiro-galã Carlos Bocanegra, que
defende o Rennes, da França, e o zagueiro Oguchi Onyewu, hoje reserva do Milan.
Ou seja: a seleção norte-americana deixou de ser um
amontoado de jogadores pinçados dos confins de sua desconhecida liga nacional.
Hoje, buscará uma vitória
que não vem desde a Copa de
2002, quando chegou às
quartas de final -seu melhor
desempenho desde o Mundial de 1930. Depois de empatar com a Inglaterra na estreia (1 a 1), os EUA passaram
a admitir a possibilidade de ir
longe no Mundial da África.
"É uma final para nós", diz
Donovan. "Se empatarmos,
ainda estaremos vivos no
Mundial. Mas, se perdermos,
teremos poucas chances de
avançar. Portanto será o
maior jogo que já disputamos", definiu o principal jogador do elenco.
E enfrentarão simplesmente a seleção líder do grupo. A Eslovênia bateu a Argélia na primeira rodada (1 a 0)
e pode até se classificar caso
vença os americanos. Com
tanto otimismo, eles até projetam um duelo com os alemães nas oitavas de final.
"Muitas pessoas na Alemanha pensavam que nós perderíamos os três jogos", disse
o volante Robert Koren.
Colaborou MARIANA BASTOS,
de São Paulo
Texto Anterior: Paul Doyle: Capello e os adolescentes Próximo Texto: Técnico compara rival a boxeador Índice
|