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Novo Müller comove a Alemanha
Jovem atacante herda sobrenome e camisa do lendário campeão de 74
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
Um déjà-vu de sobrenome
Müller tem feito muito alemão apostar que sua seleção
não só vencerá a Sérvia, hoje,
às 8h30, como repetirá a trajetória campeã de 1974.
Ontem foi Gerd Müller, 68
gols em 62 partidas pela Alemanha, maior artilheiro da
história da Bundesliga e ídolo do Bayern de Munique.
Hoje é Thomas. Müller, como o antecessor, mas sem
nenhum parentesco. Um gol
em três jogos na seleção. Ainda uma jovem promessa do
mesmo Bayern, mas já candidato a estrela nacional na ausência de Michael Ballack.
Do meio-campista que se
lesionou às vésperas da Copa
da África, Thomas, 20, herdou a camisa 13. Da mística
em torno do segundo nome,
a esperança de uma nação.
"Por enquanto, não somos
campeões de coisa nenhuma", disse o atacante, que
também faz o papel de meia.
Foi dele o terceiro gol diante dos australianos, que sofreriam mais um, na primeira
rodada. É nele que Gerd Müller aposta para o futuro.
"O Thomas se parece muito comigo, pois gira na grande área exatamente como eu
fazia", disse ao "Bild" o campeão mundial, 36 anos depois de ter erguido a taça.
Também com o número 13
às costas, Gerd atingiu a incrível marca de 14 gols em
Copas, recorde que seria batido ironicamente na Alemanha, em 2006, por Ronaldo.
Chamado de "der Dick" (o
Gordo), transformou-se em
"der Bomber" (o Bombardeiro) enquanto construía a incrível façanha de balançar
365 vezes as redes adversárias em 427 exibições -recorde do Campeonato Alemão
que se perpetua até hoje.
Nas divisões de base do
Bayern, Gerd teve o primeiro
contato com Thomas. "Ele
tem tudo de que um artilheiro precisa e, se permanecer
sem lesões, terá um longo caminho pela frente. Além do
mais, é um bom garoto", disse o mestre, hoje com 64.
Há pouco mais de um ano,
o garoto que começou aos
dez no clube bávaro foi posto
no time B para ganhar experiência na terceira divisão.
Na temporada 2008/09, a
primeira com o elenco principal, marcou 13 vezes -duas a
menos do que o artilheiro do
Bayern, o holandês Robben.
Ao lado da Argentina, a
Alemanha foi uma das poucas seleções a agradar na rodada inicial. Müller, 13 às
costas, assombrou Munique.
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